"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

segunda-feira, 15 de abril de 2019

A defesa de Notre-Dame de Paris por Victor Hugo


«Todas as formas de profanação, degradação e ruína ameaçam simultaneamente o pouco que resta desses admiráveis monumentos da Idade Média que trazem a marca das glórias passadas de nosso país, às quais estão ligadas tanto a memória dos reis quanto a tradição do povo. Enquanto assistimos a construção, a alto custo, de edifícios bastardos (estes que, com a pretensão ridícula de parecerem gregos ou romanos na França, não são nem gregos nem romanos), outras estruturas admiráveis e originais estão ruindo sem que ninguém se dê conta disso, enquanto seu único crime é o de ser francês por origem, por história e por propósito.»
Victor Hugo

Este era o pensamento de Victor Hugo e a razão por que escreveu Notre-Dame de Paris (1831).




O escritor pensava que a catedral estaria em risco de ser demolida, depois dos danos sofridos durante a revolução francesa, período em que chegou a funcionar como armazém e teve várias imagens e estátuas destruídas.
Victor Hugo apresentava Notre-Dame como o símbolo de um passado glorioso.
A sua obra acabou por ser uma peça fundamental na campanha pela sua restauração, iniciada em 1844.

Catedral de Notre-Dame de Paris em 1840 
Gravura de Gustave Doré para a edição de Notre-Dame de Paris de 1860

A curiosidade de outra gravura de Gustave Doré, com a imagem da catedral, para ilustrar Gargantua, de François Rabelais, na edição de 1854. Gargantua surge refugiado nas torres, de onde roubaria os sinos.


Neste momento, a catedral de Notre-Dame de Paris está a arder...


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