«(...) a situação de Almada Negreiros é ímpar, ao longo dos sessenta anos em que actuou, durante a vigência de três ou quatro gerações que variadamente o acolheram. O seu valor é sem dúvida especial (...)
Artista do Sudoeste europeu, da Península Ibérica, "el portugès Almada" foi um poeta e um pintor português, ou mais exactamente lisboeta, por valores assumidos duma mitificação cultural. (...)
Artista português, Almada não teve mestre para o ser. "Nós não precisamos de Mestres, para chegarmos a Mestres bastam-nos os nossos sentidos aqui na cidade." Esses sentidos explicam o visual que desenha ou escreve, aprendendo nessa vivência aguda e amorosa que foi sempre a sua, entendendo os seres e o seu sentido linear atá ao fundo duma anticiência "acusmaticamente" codificada em discurso geométrico.»
José-Augusto França, Amadeo & Almada
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