"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

domingo, 19 de abril de 2015

Palácio do Beau Séjour


Visita ao Palácio do Beau Séjour, em Dia Internacional dos Monumentos e Sítios.

Palácio - modesto, discreto, "tipo cottage" - mandado construir, em 1849, pela Viscondessa da Regaleira (D. Ermelinda Allen Monteiro de Almeida), em S. Domingos de Benfica, para descansar nas suas jornadas entre a Baixa de Lisboa, onde morava, e a sua residência de Verão, em Sintra.

Palácio do Beau Séjour, na quinta do mesmo nome (ou Quinta das Campainhas).
Ao longe, o "irreconhecível descampado" do Monsanto.
Entre a quinta e Monsanto, passa o comboio (ainda a vapor) da linha de Sintra.

Após a morte da Viscondessa, o palácio mudaria de mãos, para as do Barão da Glória (António José Leite Guimarães, personagem enriquecida no Brasil e nobilitada por D. Maria II.


O palácio, entretanto revestido a azulejo, sofreria posteriores transformações no seu interior, onde intervieram 3 irmãos Bordalo Pinheiro: Rafael (mais do que evidente nas cerâmicas, como um candeeiro e o lavatório à entrada da sala de jantar), Maria Augusta (em suaves pinturas e nos vitrais da mesma sala) e Columbano (em painéis já ausentes e... no tecto do Salão Dourado, numa cena do Carnaval de Veneza).








O palácio sofre de múltiplas atribulações no século XX, até que, depois de adquirido pela Câmara Municipal de Lisboa, aí começa a funcionar o Gabinete de Estudos Olisiponenses, em 1992.







Sem comentários:

Enviar um comentário