Hoje, chegou para Manoel de Oliveira "o dia que vem para todos" - a porta "que tem uma saída mas de que se desconhece a entrada".
Está contrariada a ideia de que era imortal. Agora já não vamos comemorar os anos que fazia acima do século, com a expectativa de haver sempre mais um, e que faziam aumentar a admiração por si.
Fazer 100 anos era algo que aconselhava aos amigos.
Manoel de Oliveira, 106 anos (aparentemente) bem vividos e lúcidos, apesar da sua afirmação, num momento mais amargo, que "a vida é uma derrota", que nascemos contra vontade e não somos senhores do nosso destino.
Ela será mais um mistério, tal como o cinema. Por isso, passou 80 anos a tentar responder à pergunta "O que é o cinema?".
É possível que o Mestre se apresente no (Cine)Paraíso com projectos para rodar mais filmes, sobretudo, tendo oportunidade de encontrar Pascoaes, Camilo, Cervantes e Camões.
Vai ser uma bela conversa!
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