Cresci nesse cenário musical e não me libertarei dele (até pela razão afectiva, que é bem importante).
E é interessante verificar quanto algumas linhas musicais de então (anos 70) se encontram nos meus gostos relativamente aos clássicos. Parece que temos um ADN musical...
A dita música clássica só começou a entrar no meu "sistema" musical quando já estava na casa dos 20 anos.
Com o maior conhecimento dessas obras vou reconhecendo cada vez mais a presença clássica em muitos dos meus grupos favoritos. J.S. Bach deve ser o mais constante. Agora encontro Brahms.
No tema dos Yes (Rick Wakeman), Cans and Brahms (aí declaradamente assumido); em Love of my life, de Carlos Santana (como mostraste, Ana C.; nunca tinha relacionado); neste caso que apresento abaixo, com os Focus (1974):
Na informação do CD dos Focus (um grupo holandês) não há qualquer referência a Brahms (ou a Haydn), e os créditos da música são de um dos elementos do grupo. Mas a abertura do Hamburger Concerto é a abertura das Variações sobre um tema de Haydn, de J. Brahms.
Brahms partiu de Haydn (ou do que supunha ser de Haydn, porque se duvida da autoria), o qual ter-se-ia baseado numa velha canção (Coral de St. António), hino cantado por peregrinos. Os Focus partiram de Brahms. A vida música não pára.
Hamburger será referência (indirecta) a Brahms, natural de Hamburgo?
P.S. - Uma curiosidade: Haydn foi a Hamburgo, em 1795, para conhecer Carl Philip Emanuel Bach, seu ídolo de juventude. Azar: este já tinha morrido (em 1788!). A falta que fazia o fb...
Há quem diga que Haydn era muito distraído.
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