"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Brahms - melancólico solitário

Porque sob a influência de Brahms, recupero o que Eduardo Lourenço escreveu sobre a sua música, a pretexto da 2.ª sinfonia:
«Como pôde estar sepultado tanto tempo ou posto em segundo lugar este maravilhoso e angustiado construtor de espaços musicais de uma melancolia inconfundível, áspera e infinitamente solitária? Toalhas de mar batido de luz e noite sobrepõem-se na sua escrita e compõem esta espécie de cristalização crepuscular que é a sua música.»
Eduardo Lourenço (15 de Abril de 1952), Tempo da Música, Música do Tempo


P.S. - A melancolia dificilmente será colectiva...

Sem comentários:

Enviar um comentário