Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)
quinta-feira, 23 de setembro de 2021
quarta-feira, 22 de setembro de 2021
Primeiro poema de Outono
reaprender o outono -
todos nós regressamos ao teu
inesgotável rosto
Emergem do asfalto aquelas
inacreditáveis crianças
e tudo incorrigivelmente principia
Já na rua se não cruzam
olhos como armas
Recebe-nos de novo o coração
E sabe deus a minha humana mão
Ruy Belo, Aquele grande rio Eufrates
domingo, 19 de setembro de 2021
The Concert in Central Park - 40 anos
Há 40 anos, no Central Park...
José-Augusto França (a morte já anunciada)
A comunicação social já anunciara o seu falecimento em 2018.
Uma das maiores referências do panorama cultural português.
«O França não é uma pessoa, é um mundo (...)» (Rogério de Moura, antigo editor dos Livros Horizonte).
«Se a minha avó o tivesse conhecido, diria apenas: "É um homem que tem tudo muito bem explicado e que nunca deixa nada por dizer."» (José Jorge Letria)
Eduardo Lourenço e José-Augusto França, figuras maiores da nossa cultura nas últimas décadas. Dois intelectuais exilados no Estado Novo, dois afrancesados. |
Abandonar o país para poder pensar e criar livremente.
«(...) já tinham estudado Histórico-Filosóficas, agitado o meio cultural, interrogado o mundo. Pouco depois sairiam do país para perceber que “não estávamos tão orgulhosamente sós” (...)»
Que ordem oculta reina no cosmos?
«Deixo morrer a tarde sentado no pátio da casa, à sombra do noveleiro, a olhar um ninho de melro que já criou e a ouvir gemer a cadela cheia de cio na loja. Minha irmã, de chapéu de palha, guarda o milhão estendido na eira, a mexê-lo de vez em quando às rodadas, num ritmo que já vem dos nossos avós. E o ninho vazio, a cadela aluada e o milhão assim mexido enchem-se de não sei que sensação de mistério. Invade-me um estranho sentimento de sagrado, misto de pânico e de deslumbramento, de negrura e de iluminação. O que sei eu desta linhagem de melros que desde que me conheço habitam no quintal? Que força oculta exalta o instinto de procriação da perdigueira? Que hereditariedade determina em minha irmã os mesmos gestos ancestrais? Que ordem oculta reina no cosmos para além dos preceitos transitórios das legislações humanas? Chego ao fim da vida na perplexidade inicial. Quantas mais explicações leio dos fenómenos naturais, mais afastado me sinto da verdade. De uma verdade que não seja de tropismos, de reflexos condicionados, de hormonas, e onde caiba tudo isso.
sábado, 11 de setembro de 2021
O homem sóbrio, inteligente, sensível
«Gostei de o ver. É o mesmo homem, sóbrio, inteligente, sensível. Há vinte anos estivemos juntos na campanha para as eleições autárquicas que então se iam celebrar e que ganhámos, ele para o exercício inovador e competente da sua função de presidente da Câmara Municipal de Lisboa, eu para o desempenho pouco afortunado do cargo de presidente de uma Assembleia Municipal de má memória. Calcorreámos corajosamente ruas, praças e mercados de Lisboa pedindo votos, mesmo quando, creio que por pudor, não o fazíamos explicitamente. Como já ficou dito, ganhámos, mas quem ganhou realmente foi a cidade de Lisboa que pôde rever-se com orgulho no seu máximo representante na Câmara. Tivemo-lo depois como presidente da República durante dois mandatos em que deixou a marca de uma personalidade nascida para o diálogo civilizado, para a procura livre de consensos, sem nunca esquecer que a política, ou é serviço da comunidade, serviço leal e coerente, ou acaba por tornar-se em mero instrumento de interesses pessoais e partidários nem sempre limpos. Ficámos de ver-nos com tempo e vagar, promessa mútua que espero ver cabalmente cumprida no futuro, apesar da intensa actividade no projecto da Aliança de Civilizações, de que é Alto Representante. Com Jorge Sampaio não há palavras falsas, podemos fiar-nos no que diz porque é o retrato do que pensa.»
José Saramago (2009)
sexta-feira, 10 de setembro de 2021
Jorge Sampaio
«Sempre me disseram, por vezes, aliás, num tom crítico e que até, paradoxalmente, me diverte, que era um homem preocupado. E sou. Sou um homem inquieto. O futuro do país preocupa-me genuinamente. Não já porque me sinta que posso fazer algo mais, mas porque, quando se dedicou ao país e aos cidadãos toda uma vida, fica-se para sempre servidor da res publica.»
terça-feira, 7 de setembro de 2021
Lhéngua Mirandesa
Carta Europeia de Línguas Regionais e Minoritárias do Conselho da Europa
quarta-feira, 25 de agosto de 2021
segunda-feira, 16 de agosto de 2021
Sofisticação
Dizia um comentadeiro, ontem, na televisão, que os talibãs estão politicamente mais sofisticados.
A imagem parece-me esclarecedora dessa sofisticação...
... o quadro permanecia na parede.
Retiradas
A retirada das forças ocidentais do Afeganistão fez-me lembrar um texto que li há poucos dias sobre uma situação vivida por um comandante português, na Guiné, quando da retirada das tropas portuguesas em 1974.
O comandante despedia-se dos guineenses que tinham combatido do lado das forças portuguesas. Agradeceu a sua colaboração e desejou-lhes as maiores felicidades.
Um dos soldados guineenses respondeu-lhe que ele é que estava em condições de desejar felicidades ao comandante que ia regressar à sua terra e ao convívio dos seus familiares. Porque, mal os portugueses partissem, quem tinha estado do seu lado não teria mais do que um dia de vida.
terça-feira, 3 de agosto de 2021
E vai daí aquela pagaiada toda...
Foi muita emoção!
Às 4:20h da manhã... os portugueses até ressonavam!...
segunda-feira, 2 de agosto de 2021
Otelo
É nesse papel que o pretendo recordar.
A ele e aos outros militares que agiram e fizeram o 25 de Abril, arriscando as suas vidas, devemos a liberdade que permitiu, nos últimos 47 anos, irmos construindo o país que somos. Mal ou bem, melhor ou pior, nos acertos ou nos disparates... segundo as diferentes perspectivas.
José Afonso - 92 anos ricos
Foi anunciado para o próximo mês de Outubro o início da reedição dos 11 álbuns de José Afonso, lançados originalmente entre 1968 e 1981, na editora Orfeu.
segunda-feira, 19 de julho de 2021
A via original de um capitalismo português
Parasitismo oportunista, a maioria das vezes amparado no Estado.
Roleta russa
"Roleta britânica"
segunda-feira, 5 de julho de 2021
Ovelha Dolly - 25 anos
A 5 de Julho de 1996, nasceu na Escócia a ovelha Dolly, a mais famosa... depois da ovelha Choné!
As duas fazem parte da ficção, sendo que a Dolly superou a ficção e tornou-se realidade por ter sido clonada a partir de uma célula adulta de uma ovelha com 6 anos.
O seu nascimento, muito badalado na época (há que preservar a arte chocalheira!), abriu a porta a uma série de potencialidades na biologia e na medicina: os cientistas acabavam de provar que os mamíferos podiam ser clonados com células adultas e não apenas embrionárias. O facto lançou o debate sobre a manipulação genética, incluindo a mui polémica possibilidade de clonagem humana.
Entretanto, o caminho feito permitiu um maior conhecimento de doenças, motivou investigações ao nível das células estaminais, da sua existência e utilização, das aplicações ao nível da regeneração de tecidos e órgãos.
Após 25 anos, o debate sobre a manipulação genética permanece. Que ele tenha o efeito positivo de continuar a possibilitar o conhecimento científico.
Em homenagem à Dolly, os portugueses The Soaked Lamb (o ensopadinho só podia ser português-alentejano!).
sábado, 3 de julho de 2021
A solução final?
Encerrou o Apolo 70
O cinema, uma boa discoteca e uma boa livraria (nomeadamente na área da História), a imagem (sempre olhei mas não era cliente, qual luxo na época em que andava sempre teso!) do restaurante de balcão redondo...
quinta-feira, 1 de julho de 2021
Fiel à palavra dada à ideia tida
Respeitou o vencido
Aquele que deu tudo e não pediu a paga
Aquele que na hora da ganância
Perdeu o apetite
Aquele que amou os outros e por isso
Não colaborou com sua ignorância ou vício
Aquele que foi "Fiel à palavra dada à ideia tida"
Como antes dele mas também por ele
Pessoa disse
Daniela e Natércia Maia (neta e esposa de Salgueiro Maia) Fotos de Alfredo Cunha |
Salgueiro Maia faria hoje 77 anos.
Em Castelo de Vide, terra natal de Salgueiro Maia, inaugurou-se hoje a Casa da Cidadania com o seu nome.
quarta-feira, 30 de junho de 2021
domingo, 27 de junho de 2021
sábado, 26 de junho de 2021
Idanha-a-Velha
Vídeo sobre as múltiplas intervenções de requalificação de Idanha-a-Velha, entre 1994 e 2010 - "perscrutar arqueologicamente todos os passados".
Idanha-a-Velha - Fundação Marques da Silva
quinta-feira, 24 de junho de 2021
No dia de S. João
Melhores jornalistas seriam mais criteriosos nos títulos
Os próprios autores do estudo sintetizam:
«As principais conclusões do estudo podem ser sumariadas nos seguintes pontos:
• Os principais resultados e as conclusões obtidas para os três ciclos de ensino estudados – 2º ciclo, 3º ciclo e ensino secundário – revelaram-se muito semelhantes em termos qualitativos.
• Confirma-se a importância, entre outras variáveis, do sexo, do nível de rendimento, da nacionalidade e da formação académica dos pais (principalmente da mãe) nos resultados dos alunos.
•É possível obter estimativas de Valor Acrescentado dos Professores mesmo quando existem exames/provas nacionais apenas no início e no final de um ciclo de ensino.
• A “continuidade pedagógica” (manter o mesmo professor nos vários anos do mesmo ciclo de ensino) não tem impacto nos resultados dos alunos.»
Se é verdade que o estudo aborda o impacte dos professores nos resultados dos alunos - e passa pela afirmação (redutora) de "diminuição de negativas" -, a opção do título da capa do Público é medíocre. Reflexo da cultura da nossa sociedade, em geral, e do nosso jornalismo, em particular.
quarta-feira, 23 de junho de 2021
A moda dos passadiços
Não me refiro às modas que compõem o cancioneiro alentejano, apesar desta notícia remeter para o Alentejo profundo.
«Os Passadiços do Pulo do Lobo estão “praticamente concluídos”, prevendo-se a sua inauguração ainda este verão, informa a Câmara Municipal de Serpa à Evasões.
Esta nova estrutura (composta por uma escadaria de madeira com 300 degraus e dois passadiços em sentidos opostos na margem esquerda do rio Guadiana) permitirá aceder com conforto e segurança ao sítio do Pulo do Lobo, uma cascata de 16 metros de altura onde água do rio se precipita com força sobre a rocha.
De acordo com o município, “a estrutura integrará também três zonas de estadia, com miradouros sobre o Guadiana, e duas pontes, uma delas sobre a ribeira do ‘beco do pulo’”. Além do passadiço de madeira serão instaladas sinalética e estruturas interpretativas do espaço natural, destinadas a sensibilizar os visitantes para a importância da conservação e preservação da natureza protegida pelo Parque Natural do Vale do Guadiana.»
Tribuna do Alentejo
domingo, 20 de junho de 2021
sábado, 19 de junho de 2021
Ou arrasamos... ou somos arrasados
P.S. (24 de Junho) - «Eufóricos se a bola entra na baliza – mesmo se não estivermos a falar de futebol – e depressivos quando a bola não entra.» (Luís Osório)
No empate com a França parece-me que ficámos no meio termo...
Francis Smith. Em Busca do Tempo Perdido
No Museu Nacional de Arte Contemporânea, a exposição Francis Smith. Em Busca do Tempo Perdido, aqui apresentada pela directora do museu.
Pouco a pouco, descobriram, separaram, reuniram, seleccionaram uma espécie de abecedário para escrever Lisboa. Uma estranha colecção de sinais que exprimia os aspectos mais característicos da realidade cenográfica lisboeta - escadinhas, arcos, chafarizes, janelas de guilhotina, manjericos, cunhais, roupa estendida, brasões, telhados, estes com abismos e poços de saguão tão imprevistos que já me permitiu um dia propor um desporto novo, o "telhadismo", exploração audaciosa da paisagem de marias-frias, arroz do telhado e musgos vários da nossa Lisboa das trapeiras misteriosas. De posse desta linguagem, qualquer pintor poderia reinventar Lisboa com facilidade. Foi esse o caso de Francisco Smith (também o conheci, o vi, de passagem em Portugal) que, durante anos e anos longe da pátria, em Paris, aplicou com talento pessoal e tintas saudosas, esse alfabeto.»
José Gomes Ferreira
domingo, 13 de junho de 2021
Marcha de Benfica
Aurélia de Sousa vs Santo António
Uma histórica manifestação de afirmação protagonizada por uma artista mulher nascida a 13 de Junho de 1866.
Aurélia de Sousa modelo e personagem.
Escrevo num domingo
É domingo em mim também...»
Livro do Desassossego
Parabéns, Fernando!
sábado, 12 de junho de 2021
Discos - Colheita 71 (2)
Adriano ia enviando os poemas para um quartel perdido no mato do Norte de Angola, onde Niza era alferes-médico.
A capa do disco tem como autor o arquitecto Silva e Castro, capitão miliciano e comandante do quartel de uma companhia a quem José Niza prestava serviço.
Este arquitecto foi conhecendo as canções (antes do próprio Adriano) e ia desenhando as imagens que as canções lhe sugeriam. E a capa ganhou autoria.
"Este disco é um passo enorme em frente. Em todos os aspectos: instrumentação, construção musical, vocalização (onde houve um trabalho muito mais cuidado do que anteriormente da técnica de cantar). Demorou mais tempo a realizar do que normalmente, porque valia a pena, porque eu sabia que estávamos a trabalhar num caminho certo e com segurança. Com segurança graças exactamente à direcção do José Niza que me podia apontar quando é que as coisas estavam certas ou não." (ACO, em entrevista de 1971, à revista Mundo da Canção).
Pela primeira vez, Adriano cantou acompanhado por orquestra, em duas canções, dirigida por Thilo Krasmann e por José Calvário (o primeiro arranjo desde maestro, à época com 20 anos de idade). As restantes canções tiveram acompanhamento de pequenos conjuntos instrumentais sob a direcção de José Niza e de Rui Ressurreição.
"O Outono de 191 foi um outono musical histórico, o Outono da viragem decisiva de mais uma página na evolução da música popular portuguesa. Todos nós tínhamos descoberto que a fase da viola heróica, ou da viola às costas havia de dar lugar a um outro tratamento da forma musical, mantendo logicamente intocável o conteúdo político e socio-político dos textos." (JN)
O disco é um dos imprescindíveis para a compreensão da "nova canção portuguesa", no início dos anos 70.
Escreveu Adriano: "Gente de Aqui e de Agora retrata e canta alguns tipos e situações da sociedade portuguesa actual. (...) Que este cantar valha como denúncia dessas situações para que lhes mudemos o rumo (...)."
O seu cantar valeu: Adriano foi impedido de editar discos até ao 25 de Abril de 1974 e os seus concertos foram sistematicamente proibidos.
Isto está bonito!...
Que experimentem levar no toutiço!
Quererão ter a liberdade de escolher quem lhes pode dar no toutiço?
A liberdade nas mãos da burocracia
sexta-feira, 11 de junho de 2021
Homens de uma obra só
Agora que já estamos na febre do Euro, alguém se lembrou de Éder.
Mas, marcou só o golo que deu o título mais importante do futebol português. Não precisa de fazer mais nada.
António Torrado (1939-2021)
Atingiu grande destaque na literatura para a infância e juventude, com uma obra de largas dezenas de títulos, amplamente premiada em Portugal e no estrangeiro.
Esteve ligado à recuperação e reinterpretação dos contos tradicionais e à política de promoção da leitura.
Recordo o seu encontro na Paulo da Gama com os meus alunos do 2.º 20, no longínquo ano lectivo de 1987-88, quando os sonhos eram muitos...
Inesquecível sessão, inesquecíveis os trabalhos realizados pelos miúdos. Ainda os guardo.
domingo, 6 de junho de 2021
Arte no Ar
«É uma mensagem poética, porque as mulheres voam sempre, mesmo sem levantar voo.» (Graça Morais)
sábado, 5 de junho de 2021
Listas verdes e as marquises da Europa
Sabemos como funciona.
A Lista Verde, oportunamente adaptada e desadaptada a Portugal, é da autoria dos britânicos.
Funcionou assim (cronologicamente):
7 de Maio - O Reino Unido colocou Portugal na Lista Verde.
13 de Maio - A UEFA anunciou a final da Champions no Porto
29 de Maio - Realizou-se a final da Champions.
3 de Junho - O Reino Unido retirou Portugal da lista verde.
A leitura é muito linear, but...
É sempre melhor pensar que o caminho deve ser aquele que não nos coloca na dependência de variáveis complexas e aleatórias que não podemos verdadeiramente controlar.
Para se evitar a situação de sermos a marquise da Europa, mesmo que seja a marquise do Ronaldo ou a do Cavaco Silva.
Todas as coisas têm o seu mistério
... e a poesia é o mistério de todas as coisas.
domingo, 30 de maio de 2021
Arroz de favas
Espólio de Alexandre Herculano
A Câmara Municipal de Santarém adquiriu espólio de Alexandre Herculano que esteve em leilão.
«Um acervo substantivo do espólio documental e pessoal de Alexandre Herculano (1810-1877), que a Leiloeira Renascimento acaba de levar à praça, foi adquirido pela Câmara Municipal de Santarém para enriquecimento dos fundos arquivísticos da cidade. O grande historiador e romancista, fundador do Romantismo em Portugal e vulto maior da Cultura do século XIX, viveu e morreu na sua quinta de Vale de Lobos (Azóia de Baixo, Santarém). O espólio agora apresentado - manuscritos anotados de obras suas, projectos e notas de investigação, correspondência pessoal e oficial, e parte de um diário íntimo onde narra as circunstâncias do exílio em França e nos Açores por causa da opressão miguelista - é de uma importância histórica assinalável.» (Vítor Serrão)
O espólio de Alexandre Herculano encontra-se agora dividido entre a Biblioteca Municipal do Porto, a Biblioteca Nacional e, presumo, a Biblioteca Municipal de Santarém (se a Biblioteca Nacional não exercer o direito de preferência, acção que se encontra em final de prazo).
sábado, 29 de maio de 2021
Adeptos do Manchester City na Alfândega... da Fé!...
Não encontro explicações para os confrontos entre adeptos do Chelsea e do Manchester City, após o jogo da final da Champions.
O jornal A Bola online informa que os grupos estavam bem separados: os do Chelsea no Porto, na Avenida dos Aliados, os do Manchester City bem longe, a 185 km de distância por estrada, na Alfândega da Fé.
Discos - Colheita 71 (1)
1971 foi um ano riquíssimo na edição discográfica.
Outros anos haverá (e outros gostos), mas não é fácil superar a qualidade do conjunto de álbuns editados. Encontrei cerca de três dezenas de álbuns incontornáveis - para mim.
Começo com aquele que é considerado por muita gente como o melhor disco português de sempre. Em 1978, o jornal Se7e reuniu um conjunto de 25 críticos e estes elegeram Cantigas do Maio, de José Afonso, como o Melhor Álbum de Sempre da Música Popular Portuguesa.
Para mim é-o!
Foi o meu segundo álbum em vinil (o primeiro foi Jesus Cristo Superstar), comprado pela minha mãe no Círculo de Leitores, logo depois do 25 de Abril.
Disco proibido pela censura na Emissora Nacional - na Rádio Renascença a única canção permitida era... Grândola, Vila Morena - conhecia-o de ter ouvido em cassete gravada e emprestada por um colega de liceu, em 72-73, com o recado "Ouve, mas não mostres a ninguém!".