"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

sábado, 29 de maio de 2021

Discos - Colheita 71 (1)

1971 foi um ano riquíssimo na edição discográfica.

Outros anos haverá (e outros gostos), mas não é fácil superar a qualidade do conjunto de álbuns editados. Encontrei cerca de três dezenas de álbuns incontornáveis - para mim.

Começo com aquele que é considerado por muita gente como o melhor disco português de sempre. Em 1978, o jornal Se7e reuniu um conjunto de 25 críticos e estes elegeram Cantigas do Maio, de José Afonso, como o  Melhor Álbum de Sempre da Música Popular Portuguesa.

Para mim é-o!

Foi o meu segundo álbum em vinil (o primeiro foi Jesus Cristo Superstar), comprado pela minha mãe no Círculo de Leitores, logo depois do 25 de Abril.


Disco proibido pela censura na Emissora Nacional - na Rádio Renascença a única canção permitida era... Grândola, Vila Morena - conhecia-o de ter ouvido em cassete gravada e emprestada por um colega de liceu, em 72-73, com o recado "Ouve, mas não mostres a ninguém!".


A capa desenhada por José Santa Bárbara:



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