Aos 15 anos e num mundo mais limitado do que o de hoje, era natural que desse atenção às corridas de Fórmula 1.
Era a época da rivalidade entre Emerson Fittipaldi e Jackie Stewart, terminada pelo abandono deste último no final da época de 1973, na sequência do acidente mortal do seu colega de equipa, François Cévert, nos treinos do GP dos Estados Unidos.
Na época seguinte emergiu Niki Lauda, a fazer dupla com o suíço Clay Regazzoni na Ferrari, que à data atravessava uma fase de desaires. Foi esta dupla de pilotos que fez renascer a equipa e me fez entusiasmar com a modalidade.
Regazzoni ficou a 3 pontos de ser campeão, em 1974, e Niki Lauda sê-lo-ia em 1975 e 1977.
Em 1976 o título falhou por pouco, depois do acidente em Nürburgring, onde o seu carro se incendiou e ele ficou preso na carroçaria, quase perdendo a vida. Foi retirado das chamas por um conjunto de outros pilotos.
Após alguns dias em coma e com marcas no corpo que o caracterizariam até ao fim, Lauda regressou poucas semanas depois, para lutar pelo campeonato com James Hunt (que acabaria por se sagrar campeão).
Mas estava criada a lenda.
Voltaria a vencer em 1977 e 1984. Neste último ano, depois de ter estado retirado durante uns anos da F1, foi no Estoril que se sagrou campeão por... meio ponto de avanço em relação a Alain Prost, seu colega de equipa na McLaren.
Nessa prova, a sua forma cerebral de correr ia-me provocando "problemas de coração"... na casa dos meus primos, em Benfica, um mês depois de me ter casado.
Lauda só nas últimas voltas chegou ao 2.º lugar, o que seria suficiente para lhe garantir o campeonato.
Na década de 70, a F1 até me fazia gastar parte da mesada a comprar a revista Motor.
Eu que até nem ligo a automóveis!...
George Harrison numa homenagem aos corredores de F1 (anos 70)
O motorista é... Jackie Stewart
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