O passado não tem alternativa
não o posso mudar com o pensamento
o oceano de ouro oxidado põe brilhos
baços e frios sobre a pele deserta
O passado está fixo e todavia
posso movê-lo como um jogo em lances
inúteis da memória que não mudam
o que é irreal agora, ou sempre foi
uma ficção vivida como vida
Poderia ter sido diferente?
Está selado o passado,
agora é só agora, a mente mente
quando crê regressar ao mesmo estado:
mente a si mesma como espelho em frente
do qual quem está é já somente o tempo
Gastão Cruz (15 de Agosto de 2014), Óxido
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