"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Fim da Primavera de Praga


Na noite de 20 de Agosto de 1968, tropas de 5 países do Pacto de Varsóvia invadiram a Checoslováquia.

A invasão pretendia reverter as reformas de liberalização política que este país do bloco de leste experimentava, sob a liderança de Alexander Dubcek - um "socialismo com face humana" - a chamada Primavera de Praga.

As principais cidades checoslovacas foram ocupadas. A população ofereceu resistência à ocupação, mas sem grande sucesso perante a força invasora - algo semelhante à Hungria de 1956.



A orientação política voltou ao alinhamento com Moscovo, no respeito pela denominada Doutrina Brejnev, em que a União Soviética assumia a liberdade de intervenção política e militar nos países que, situando-se no bloco de leste, pusessem em causa a união entre os países e partidos socialistas - “as vitórias do ideal comunista” -, ameaçando sair da órbita do PC soviético.


A ortodoxia venceu. 

As primaveras políticas são apenas primaveras anunciadas. Não me lembro de uma primavera que tenha desaguado num verão...

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