"Chumbos descem em todos os anos de ensino"
«Últimos dados reportam ao ano lectivo de 2014/15, revelam uma descida generalizada da retenção, mas também a persistência de problemas: logo aos 7/8 anos de idade chumbaram 9,3% das crianças. E o 7.º [ano] é dos que mais dificuldades causam aos alunos. No secundário, há um recorde positivo.
Depois de três anos a subir na maioria dos anos de escolaridade, os chumbos voltaram a descer, revelam os dados mais recentes, relativos a 2014/15. E, desta vez, a queda deu-se em todos os níveis de ensino. No secundário, a taxa de retenção global ficou pela primeira vez abaixo dos 20% (18,3%). E nos três ciclos do ensino básico, há a destacar a melhoria acentuada no 9.º ano: os 10,6% são também um recorde nas últimas duas décadas.» (Expresso, ontem)
Nuno Crato está feliz. Era ele o Ministro da Educação, é natural.
E, naturalmente, atribui à sua "política de exigência" o mérito desta melhoria dos resultados.
No meio deste arremesso de números, não embarco em felicidades!
Houve uma melhoria dos resultados? É bom. Ainda bem que não pioraram.
Se piorassem a culpa era dos professores.
Como melhoraram, o mérito deve ser da política educativa.
As criancinhas... deixai-as estar!
Os números escondem sempre realidades pouco dadas... a números. Ou que os ultrapassam - a realidade é uma coisa muito grande! E espantosa!
Estes resultados não são, na sua grande maioria, dos mesmos alunos que andaram a fazer subir os chumbos nos últimos três anos? O que é que lhes deu, em 2014-2015, para os resultados melhorarem? A exigência do Nuno Crato? Ao fim de três anos de exigência incompreendida, os alunos concluíram que nada podiam fazer contra o rigor de Nuno Crato e encheram-se de brio? Não terão as provas (finais, de exame) sido mais fáceis?
O que acontecerá aos resultados deste ano, em que não houve provas finais no 4.º e no 6.º ano? Se os resultados melhorarem, ainda têm a ver com a (considerada) política de rigor e de exigência em que esses alunos viveram nos últimos anos ou terão a ver com a (considerada) política de facilitismo do actual ministro, a que os alunos se habituaram nos últimos meses?
Os números podem ser manobrados e permitir múltiplas leituras. Incluindo as políticas. E as jornalísticas, assim tipo conversa de café...
A mesma comunicação social que exulta com estes resultados escandalizava-se, há poucos dias, com a passagem de ano de um aluno que apresentava 7 níveis negativos. Mas a lei actual (e a filosofia subjacente) que permitiu aquela transição de ano é a mesma do tempo de Nuno Crato. Que distância vai do apregoado rigor de um ministro ao apregoado facilitismo de outro?
Espantosa realidade por espantosa realidade, prefiro Alberto Caeiro.
Nuno Crato está feliz. Era ele o Ministro da Educação, é natural.
E, naturalmente, atribui à sua "política de exigência" o mérito desta melhoria dos resultados.
No meio deste arremesso de números, não embarco em felicidades!
Houve uma melhoria dos resultados? É bom. Ainda bem que não pioraram.
Se piorassem a culpa era dos professores.
Como melhoraram, o mérito deve ser da política educativa.
As criancinhas... deixai-as estar!
Os números escondem sempre realidades pouco dadas... a números. Ou que os ultrapassam - a realidade é uma coisa muito grande! E espantosa!
Estes resultados não são, na sua grande maioria, dos mesmos alunos que andaram a fazer subir os chumbos nos últimos três anos? O que é que lhes deu, em 2014-2015, para os resultados melhorarem? A exigência do Nuno Crato? Ao fim de três anos de exigência incompreendida, os alunos concluíram que nada podiam fazer contra o rigor de Nuno Crato e encheram-se de brio? Não terão as provas (finais, de exame) sido mais fáceis?
O que acontecerá aos resultados deste ano, em que não houve provas finais no 4.º e no 6.º ano? Se os resultados melhorarem, ainda têm a ver com a (considerada) política de rigor e de exigência em que esses alunos viveram nos últimos anos ou terão a ver com a (considerada) política de facilitismo do actual ministro, a que os alunos se habituaram nos últimos meses?
Os números podem ser manobrados e permitir múltiplas leituras. Incluindo as políticas. E as jornalísticas, assim tipo conversa de café...
A mesma comunicação social que exulta com estes resultados escandalizava-se, há poucos dias, com a passagem de ano de um aluno que apresentava 7 níveis negativos. Mas a lei actual (e a filosofia subjacente) que permitiu aquela transição de ano é a mesma do tempo de Nuno Crato. Que distância vai do apregoado rigor de um ministro ao apregoado facilitismo de outro?
Espantosa realidade por espantosa realidade, prefiro Alberto Caeiro.
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