A iniciativa tem por objectivo dar a conhecer espaços de valor arquitectónico e cultural.
Nalguns casos é uma oportunidade única, por serem património habitualmente inacessível ao público.
As visitas são, pelo menos, pretendem ser, guiadas. E aqui temos algumas "variações": os guias podem ser especialistas ou voluntários "mais ou menos" especialistas.
Não nego a boa vontade de quem está a colaborar com a iniciativa e dá o seu tempo, a sua disponibilidade. Mas se não há o conhecimento mínimo e a capacidade de comunicação e de gestão ou liderança de um grupo de visitantes, a visita guiada perde-se. Passa a haver um grupo de visitantes à solta pelos espaços. Valha-nos o facto desses visitantes serem, por norma, pessoas civilizadas, interessadas no património, e que só roubam... fotografias.
Foi o que aconteceu ontem, na visita ao Palácio do Marquês de Pombal (Rua de "O Século").
O palácio permanece num excelente estado de ruína. Qualquer dia a casa vem abaixo e, depois, vamos todos lamentar o prejuízo da perda de tamanho património.
A visita às vilas operárias (na zona da Graça) já foi bem diferente. O guia, com algumas inseguranças na contextualização histórica (aspectos sociais), conhecia bem os sítios que pisava e soube criar um bom ambiente entre os elementos do grupo, os quais também partilharam conhecimentos e experiências da sua vivência na zona.
A visita foi bastante enriquecedora e deixa-nos vontade de conhecer mais sobre este tipo de bairros ou alojamentos e as personalidades ligadas à sua criação.
Vila Sousa |
Vila Rodrigues |
Palácio dos Senhores da Trofa |
Vila Sousa |
A visita, hoje, ao Supremo Tribunal de Justiça foi extremamente bem orientada. Não havendo muito para ver, houve uma explicação esclarecedora da organização do funcionamento da justiça em Portugal. A exposição foi claríssima e fomos conduzidos a observar o que de mais interessante nos pode ser oferecido (porque há o que não podemos ver, claro).
Até o folheto (caderninho) preparado pelo STJ, com as informações essenciais sobre este órgão e as suas instalações, é exemplar.
Supremo Tribunal de Justiça - Salão Nobre |
A lembrar-nos a sua origem liberal, o retrato do seu primeiro presidente, Silva Carvalho, a sala de sessões com o seu nome (a que visitámos), o retrato da rainha D. Maria II sobre a cadeira do Presidente no Salão Nobre e o medalhão com o retrato de Mouzinho da Silveira, o grande legislador liberal.
José Silva Carvalho |
Mouzinho da Silveira |
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