No início era o verbo.
Afirmava o Ministro da Educação e garantia o Primeiro-Ministro, "Tudo corre com normalidade".
Reconheçamos: no ministério a normalidade é o erro e a falta de respeito.
Mas depois de um pedido de desculpas por erros cometidos, chamados "incongruências por parte dos serviços do ministério" - assistimos a uma coisa que não é comum, não é comum na história um ministro pedir desculpas por uma "incompatibilidade de escalas", vulgo "burrice" - tivemos um conjunto de promessas, começando na mais simples, "esse erro será corrigido", acabando na garantia de que nenhum dos professores (colocados e ultrapassados) seria prejudicado - promessa arriscada, como ontem se viu.
A nova directora-geral da Administração Escolar, acabadinha de entrar em funções, estreou-se logo com o envio às escolas de um documento a revogar as listas de professores colocados em meados do mês de Setembro a.P.D. (antes do Pedido de Desculpas). Os directores - não os serviços centrais do ministério - devem notificar os docentes de que o concurso foi anulado e, portanto, as colocações ficaram sem efeito.
Aproveitaram-se da "maçarica", digo eu.
O ministro deve estar a preparar um novo pedido de desculpas.
Tarda o pedido de demissão pelo absurdo que tem sido todo o processo de preparação/lançamento do ano lectivo, da parte do ministério, por todas as trapalhadas, desrespeito, falta de consideração... Não há palavras que cheguem!
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