A tapeçaria de Portalegre tem como imagem de marca a reprodução de trabalhos concebidos por grandes pintores.
São tapeçarias murais decorativas, com um ponto de nó criado por Manuel do Carmo Peixeiro, pai do outro fundador das Manufacturas, Manuel Celestino Peixeiro.
«Partindo sempre do original de um artista, uma tapeçaria de Portalegre é a transposição para um outro suporte, a uma outra dimensão dessa obra. Mas, mais que uma simples reprodução, a tapeçaria é, por si, uma verdadeira obra de arte, pelas suas propriedades intrínsecas e pelos métodos usados na sua criação.» (Vera Fino)
É um trabalho de paciência, de habilidade (5 anos dura a formação das tecedeiras), de atenção ao pormenor da cor e do desenho, seguindo uma técnica totalmente manual.
E estas tapeçarias são editadas em séries de 1, 4 ou 8 exemplares (no máximo), autenticados pela assinatura do artista. As obras atingem, assim, preços muito elevados.
Na técnica dos tapetes de Portalegre, a teia é vertical, a tapeçaria é tecida no sentido da altura, com o envolvimento do fio da urdidura feito por uma única passagem, de baixo para cima, à média de 3 cm por dia.
As Manufacturas de Tapeçarias de Portalegre poderão estar numa situação de fragilidade pela escassez de recursos humanos e financeiros, mas continuam a provar a sua originalidade como manufactura de tapeçaria contemporânea e em "fazer vibrar a lã", expressão feliz de Eduardo Nery.
Rogério Ribeiro - Aula de pintura |
Vieira da Silva - Bibliothèque |
A exposição está patente até 14 de Dezembro.
A colecção de selos |
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