"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

domingo, 5 de outubro de 2014

A defesa dos valores culturais europeus

Orhan Pamuk esteve na Gulbenkian esta 6.ª feira, onde recebeu o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva, para a divulgação do património cultural.

Prémio Nobel da Literatura em 2006, publicaria em 2008 uma história de amor que está na origem do Museu da Inocência.
No início de 2013, Pamuk inaugurou o "seu" museu, materializando o que imaginou. Da ficção à musealização.
Pamuk afirmou que a escrita de O Museu da Inocência é simultânea à criação da colecção de objectos que descreve no romance e que levaram à criação do museu. 83 capítulos, 83 vitrinas.
E o Museu da Inocência ganhou o Prémio de Museu Europeu do Ano (2014).



Em Lisboa, na sua intervenção, salientou a necessidade de se preservar o mais importante da rica herança cultural da Europa: os seus valores fundamentais, assentes na trilogia "Igualdade, Liberdade, Fraternidade".

«Foi o momento mais feliz da minha vida, embora então eu não tivesse consciência disso. Se o tivesse sabido, se tivesse apreciado essa dádiva, teriam as coisas terminado de outra forma? Sim, se eu tivesse reconhecido esse instante de felicidade perfeita, tê-lo-ia conservado sem nunca o deixar escapar.»
Assim se inicia O Museu da Inocência.


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