«Oliveiras por toda a parte. Algumas têm o tronco oco; há as que quatro homens não podem abranger, e há as pequeninas como arbustos. É a árvore do martírio. Podada e repodada todos os dez anos, envelhece. Não se pode desenvolver: torce-se. E quanto mais sofre mais azeite dá - melhor azeite dá. Às vezes reduz-se só à casca e a um raminho, mas não morre... Ocas, torcidas, pobres como os pobres de pedir, só com aquele braço com uma folhinha cinzenta (e a candeia pendurada) dão azeite até ao fim da vida.»
Maria Angelina e Raúl Brandão, Portugal Pequenino
Mudando de perspetiva... e contando a minha história...
ResponderEliminarA oliveira é uma árvore com muita arte e amor:
ela cresce torcendo-se toda, formando verdadeiras formas artísticas, constrói nela o refúgio para animais e a beleza para os olhos de quem quiser olhar para ela.
Mostra a liberdade de escolher ser oca, torcida, baixa, não manequim...
Mostra a capacidade de ser bela e formosa.
Mostra a capacidade de amar, dando azeite até ao fim, sem esperar a troca.
Beijinho
Beijinho