Já existiria na Península
Ibérica (trazida pelos Fenícios?) quando os romanos aqui chegaram, mas foram
estes que expandiram o seu cultivo, o que os Muçulmanos também fizeram mais
tarde.
A produção de azeite era
importante, pela diversidade do seu uso: alimentação, iluminação, como lubrificante, cosmético, remédio, óleo sagrado...
No capítulo da
alimentação, o azeite faz parte da trilogia alimentar do Mediterrâneo: trigo,
vinho e azeite. Faz parte da nossa tradição gastronómica.
Mas se Portugal está no
top 10 dos produtores mundiais (há pouco tempo ocupava o 8.º lugar) e o azeite
que aqui se produz merece destaque pela sua qualidade, a realidade nem sempre foi
esta.
No século XVIII ainda se
afirmava que os azeites portugueses "têm um cheiro desgostoso” e um “sabor
picante”.
Varejamento |
Em meados de oitocentos,
as cozinhas mais exigentes e refinadas importavam os azeites mais finos de Itália
ou França.
«Quando da Exposição
Universal de Paris, em 1878, só a muito custo foi possível convencer o júri de
que o azeite português apresentado a concurso era comestível e não próprio para
máquinas.» As razões estariam na ineficiência técnica e na falta de higiene.
Lagar tradicional, em Moura |
Mas foi no final do século
XIX que se verificou o grande incremento do olival, nomeadamente no Norte do
país, havendo quem o associe à iluminação pública e/ou ao maior consumo de
batatas, de tomate e de bacalhau.
E se ainda predominavam
os lagares arcaicos ligados a pequenas propriedades, produzindo azeites “pouco
finos”, os grandes produtores procederam às inovações técnicas essenciais – a utilização
da máquina a vapor e a substituição, nos lagares, das varas pelas prensas hidráulicas.
E Alexandre Herculano foi
o percursor do “novo azeite”.
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