Reparem nos motivos do serviço |
Maria Belo, uma das fundadoras da Grande Loja Feminina de Portugal, de que é (ou foi) grã-mestra |
Mas Maria Belo referia a difícil vida da Maçonaria feminina após o 25 de Abril.
Antes não era difícil, digo eu, porque, ao que julgo saber, a Maçonaria feminina desapareceu perto do final da 1.ª República para só reaparecer na década de 1980.
O que não deixa de me parecer estranho é como a actividade maçónica feminina, tendo sido relevante na caminhada para a República e durante os primeiros anos deste regime, não é digna de referência em vários livros de História, a começar pela História da Franco-Maçonaria em Portugal, de Borges Grainha (1913).
É curioso que este professor, republicano e maçon, foi educado num colégio de Jesuítas (como o actual Ministro dos Negócios Estrangeiros, que se apressou a referir essa sua formação jesuítica para afastar de si hipotéticas suspeitas de ligação com a Maçonaria).
Maçonaria parece ser, fundamentalmente, um assunto de homens (mesmo que com avental) e não tanto de saias.
E os homens querem mesmo as mulheres afastadas. Cada género reúne para seu lado. Nada de misturas.
Faz lembrar a questão feminina na 1.ª República. Muita influência maçónica, muito palavreado pelos direitos das mulheres e, quando se trata do direito de voto, passam pela vergonha de ter sido o regime do Estado Novo a conceder direito de voto às mulheres.
Por isso, Teresa, em relação à tua esperança na Maçonaria, apesar de algumas maçonas (ligadas ao PS, pelo menos) já terem passado pelos órgãos do poder*... segue o bom conselho que te dá o Chico Buarque: “Espere sentada...”
* Apercebi-me que há um bom número de sites dedicados à Maçonaria e a feminina não é esquecida.
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