«Hoje, na Assembleia da República, o líder parlamentar da IL citou José Saramago: - "Vemos e lemos, não podemos ignorar." Um pouco claudicante, mas era o nervosismo do momento. Respondo-lhe citando Sofia de Mello Breyner: - "Cá vai Lisboa, com a saia cor do mar." E não podemos ignorar que "há mar e mar, há ir e voltar" como disse Camões quando salvou a nado o manuscrito do Livro do Desassossego. Sempre que posso, assisto às transmissões da AR Tv para me enriquecer com a cultura que escorre dos lábios marmóreos e clássicos dos nossos representantes na casa da Democracia. Desde o domínio da língua pátria que deixa para trás Camilo e Aquilino, até ao estilo inovador repleto de neologismos que deixa Eça de Queiroz a perder de vista. Quando Natália Correia escreveu e publicou "A Tourada" nunca imaginou a importância que esta crítica tão acerada aos nossos costumes teria para as gerações futuras. Realmente, a Assembleia da República não é a "Casa da Mariquinhas" como escreveu Ary dos Santos para Alfredo Marceneiro. (Filho!)»
Cândido Mota, fb (27.06.2024)
Uma pérola!
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