«A redução do rácio da dívida pública sobre o PIB para menos de 100% é uma óptima notícia – se esquecermos tudo o resto que se passa no país. Se o governo tivesse dedicado a outros fins uma parte do saldo orçamental equivalente a uns meros 0,5% do PIB (cerca de 1,25 mil milhões de euros) teria evitado muitas das tensões políticas que hoje estamos a enfrentar (e que resultam quase todas de reivindicações justas).
O n-ésimo brilharete orçamental de Centeno/Leão/Medina arrisca-se a ser uma verdadeira vitória de Pirro.»
Ricardo Paes Mamede
A manta é curta: tapa-se a cabeça, destapam-se os pés e... apanha-se uma valente constipação.
Só na campanha eleitoral a manta é comprida o mais que suficiente para tudo cobrir.
Pensar governar numa legislatura de 4 anos (interrompida, inopinadamente, a meio), também pode ter levado a definir prioridades, ficando a faltar o tempo necessário para medidas adequadas a vários níveis e que careciam de verbas (poupadas nos juros da dívida).
Este é o meu pensamento benévolo...
No fundo, António Costa teve sucesso numa política que criticava ao PSD de Passos Coelho (e Montenegro), e é criticado pelo PSD por não ter feito aquilo que o PSD criticava.
Interessante a falta de destaque dada pela comunicação social à redução da dívida (se fosse a desgraça de um aumento, não faltaria!)...
E, também, a falta de destaque dada pelo novo Secretário-Geral do PS.
Sem comentários:
Enviar um comentário