"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

domingo, 31 de março de 2019

Eça não estava lá

Pensei que Eça poderia estar em Paris, onde era Cônsul Geral, quando da inauguração da Torre Eiffel.

Mas Eça estava em Lisboa: tinha vindo perto do final do mês de Março. Os seus companheiros dos Vencidos da Vida recebem-no a 26, para um jantar no Hotel Bragança. E por esses dias repetem-se os encontros e o jantares entre os amigos.

A subida à Torre Eiffel fá-la-á mais tarde, a 27 de Agosto, acompanhando o (ainda) príncipe D. Carlos. Este teria ido a Paris pela Exposição Universal. 

«Por aqui nada de novo. Esteve cá Luís Soveral, e fizemos um jantar de vencidos, com bacalhau, na Maiso d'Or. Depois houveram cantigas e danças. Agora está cá o Príncipe. Subimos com ele à Torre Eiffel - e, sicut licet exclamámos: "é explêndido!" A torre não dá para mais do que uma exclamação - mas essa é de dever, e não lha regateámos.»
Carta a Oliveira Martins



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