Nos últimos dias, falou-se dos valores pagos em horas extraordinárias pela Presidência da República.
Curioso que os valores mais elevados dos últimos anos correspondem à presidência de Cavaco Silva, numa fase em que os funcionários cumpriam 40 horas semanais e os apertos financeiros, sob a tutela da Troika, eram maiores.
«As horas extraordinárias também foi outro fator para o qual o Tribunal de Contas alertou a Presidência, não por terem aumentado — como chegou a ser noticiado por alguns órgãos de comunicação — mas por não ter um registo adequado ao que se pratica atualmente. O controlo de assiduidade e o trabalho extra ainda é anotado, num “livro de ponto”. (...)
E como recomendação, o TdC exorta a Presidência a “promover a implementação de um sistema de controlo de assiduidade que permita o controlo efetivo do trabalho realizado, incluindo o pagamento de horas de trabalho suplementar.” Houve de facto um aumento do custo das horas extraordinárias (para 523 mil euros, face aos 452 mil euros de 2016), mas esteve relacionado com o regresso às 35 horas semanais na função pública. Olhando para os números até havia mais horas extraordinárias no tempo de Cavaco Silva.»
Fazendo gala de que o desempenho de cargos públicos justifica a prestação pública de contas, duvido que Quinta Feira e outros dias preste essas contas. Essas e outras...
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