"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

A música no (meu) tempo

Assisti ontem, provavelmente, ao (meu) último concerto de música pop.
É o que tem a idade.
Já não me consigo identificar o suficiente com a música que se faz para justificar que levante o rabo da cadeira. Pelo contrário, é mais fácil, sentado na cadeira, ouvir a música de que gosto.
Já não considero possível reformatar o meu ouvido (ou a minha falta de ouvido) musical.
Já não vou estando devidamente a par do que de novo se faz na música. E sei, de fonte segura, que  J. S. Bach, Mozart, Monteverdi e outros amigos não têm composto muito, ultimamente.
Já não partilho com os amigos a ansiedade e a alegria da novidade de um novo disco.
Já dificilmente escapo ao back to the classics.
Os Sigur Rós terão sido, possivelmente, os últimos a furarem a teia e a serem incorporados no meu Olimpo musical, sem destronarem, no entanto, os nomes maiores da hierarquia. Não exageremos!...
Mas ontem a noite foi deles.


Para mais tarde recordar (como tudo o que se vai publicando por aqui).

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