Uma escultura que voou do Brasil para Paris, doada por Oscar Niemeyer.
«(...)
Sensual ou curvilíneo
em formas simbolistas:
mãos redes seios.
Devaneios.
Talvez abstracções
com intenções figurativas.
Ou seriam estruturas-esculturas?
Barrocas, modernistas?
Nas simetrias liberadas
e nas geometrias depuradas:
teatralidade.
Volumes espaços alturas
verticalidade
ou extremidades em vértice
a aludir o estático
e o majestático
- contra as regras
e as limitações.
Niemeyer é tão ou mais monumental
ainda que sóbrio
mais leve quando concreto
e funcional
mais denso quanto poético.
Surpreendente.
Sem concessões à trivialidade
porque genial.
Todas as artes irmanadas
no mármore, nos arcos
ancestrais
abóbadas sonoras
colunas dançarinas,
vitrais.»
poema de António Miranda
Uma flor para quem, com a sua criatividade, o seu trabalho, a sua dedicação, nos permite pensar o mundo, ver a vida com outros olhos, sonhar. Para Joaquim Benite (no teatro), Carlos Papiniano (na literatura), Dave Brubeck (na música), Oscar Niemeyer (na arquitectura e, também, na escultura - como se vê).
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