Agora é o Câmara Clara.
A razão parece ser a mesma: bruteza!
Aquilo que não se compreende, que não se atinge, que não se domina... corta-se.
«A cultura assusta muito. É uma coisa apavorante para os ditadores.»
António Lobo Antunes
Paula Moura Pinheiro coloca a questão, premente, "de saber que meios, que espaço e que visibilidade reserva o serviço público de televisão à cobertura de uma das áreas nevrálgicas do desenvolvimento do país: a inovação nas artes e nas ideias e a conservação do nosso extenso e precioso património cultural - da literatura à arquitectura."
A produção fica cara, alegam.
Quanto se gasta com a apresentação de programas e concursos imbecilizantes?
Segundo a lenda, de tudo o que tocava, Midas fazia ouro.
Entre nós, de tudo o que toca, Relvas faz merda.
Fica o anúncio para o próximo Domingo:
«Na última emissão do Câmara Clara reunimos alguns dos melhores momentos dos quase sete anos de vida do programa. Com a colaboração de todos os jornalistas da equipa, Paula Moura Pinheiro, Inês Fonseca Santos e Luís Caetano recordam, em estúdio, grandes passagens de escritores, artistas visuais, músicos, actores e encenadores, arquitectos, investigadores no Câmara Clara. Vai surpreender-se, rir-se e comover-se. Um programa a não perder.»
P.S. - O título do post foi roubado a Alexander Pope.
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