Rui Rangel, Correio da Manhã, 27 de Outubro de 2011
«Vós desuniste-nos, dilaceraste-nos (...); contastes-nos como reses para nos vender, cabeça a cabeça, no mercado da agiotagem. (...) Esta pobre terra já não é senão um pedaço de terra como qualquer outra, uma província para um reino - reino, nação, país, não torna a ser. Não vos iludais; acabou, e acabou às vossas mãos. E se o fizesse a ambição, este desbarato fatal, era ao menos um nobre motivo. Mas não, fê-lo a cobiça, a vulgar e sórdida cobiça. Tanto gastar, tanto esperdiçar, tanto entesourar de uns, tanto jogar de outros, aqui nos trouxeram. Portugal está pobre, desanimado, sem fé, e na frase da Escritura, "sem pão, nem palavra".»
Almeida Garrett, discurso parlamentar (1842?)
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