"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Governo reúne em S. Julião da Barra

Aqui tão perto...




Fortificação original do séc. XVI, posteriormente modificada, fez parte de uma das linhas de defesa de Lisboa quando da Guerra Peninsular, protegendo a foz do Tejo. Foi prisão para os partidários do liberalismo, antes da Revolução de 1820 e quando da governação miguelista.
Num dos seus pátios foi executado Gomes Freire de Andrade (Outubro de 1817), acusado de liderar uma conspiração liberal, e instalada a tenda de Kadafi, quando de uma cimeira com países africanos num ano muito mais recente.
É residência oficial do Ministro da Defesa (lembremo-nos que esse foi o cargo de Paulo Portas no Governo de Durão Barroso - onde também foi Ministro do Mar, para surpresa do próprio! Terá sido ele a sugerir o local da reunião?). É um sítio seguro nestes tempos difíceis.

Imaginemos uma forte tempestade, as ondas fustigando a ponta de S. Gião, o mar alteroso, a fortaleza a ficar isolada por uns dias e, depois, qual jangada de pedra fazendo-se ao mar, ficar ao sabor de ventos e marés, o tempo suficiente para todos nos esquecermos de um Governo flutuante e à deriva.

Quer dizer... flutuante e à deriva já anda ele!...


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