Perdi as dúvidas quando vi, do cimo da serra de S. Macário, as casinhas pretas xisto da aldeia... lá no fundo do poço, a centenas de metros do olhar.
E havia troços com buracos bem maiores |
Nunca me tinha custado tanto conduzir o carro. Receei alguns dos buracos, numa estrada deserta, que teimava em perseguir em equilíbrio instável a crista da montanha.*
Depois foi a aproximação demasiado vertical à Pena, com sucessivos cotovelos a descer até ao fundo do poço.
Depois foi a aproximação demasiado vertical à Pena, com sucessivos cotovelos a descer até ao fundo do poço.
Mais fácil foi encontrar a Adega e, ainda mais, comer a broa, o queijo e o presunto que nos puseram na frente, numa mesa corrida debaixo de uma latada.
Escolheram-nos um cabrito grelhado - e nestes locais o melhor, regra geral, é concordarmos com o que nos escolhem - acompanhado de arroz de feijão e salada de alface. Mais tinto, medronho, licor de amora muito roxo...
Estávamos tão bem (apesar do calor)... Ninguém se queria lembrar do caminho de volta, agora a subir!...
Aldeia da Pena: 8 habitantes, incluindo o casal dos proprietários da Adega, as duas filhas pequenas e os dois avós.
Surpresa: o caminho para cima pareceu-nos muito fácil - Red Wine deu-nos asas? - mas já não insisti em que fôssemos a Covas do Rio ou às Covas do Monte: é que também ficam em "poços". Para "poço" bastou a Pena.
Para os interessados, aqui fica o cartão (é condição que saibam conduzir).
* O Jaime que me desculpe. Este parágrafo foi só para impressionar os meus amigos que pensam que não tenho carta de condução.
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