"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

sexta-feira, 15 de março de 2024

Assim (não) se vê a força do PC!


Primeira prova de vida após as últimas eleições - tomar a iniciativa política com a coerência do costume. Resistir!...
Pateticamente! Continua a ser deprimente ver o caminhar para o fim de um partido centenário e de referência, com um passado de luta contra o Estado Novo. Um partido que muitas vezes fazia diagnósticos certos - quanto às soluções, podemos concordar... ou discordar -, mas que está cada vez mais desfasado da realidade e cujo discurso, através do secretário-geral, quase que inspira piedade. 
É um processo de autodestruição. 
Qualquer dia, o PCP só se encontrará no Museu de Arqueologia.

A apresentação da moção de rejeição - "connosco, o projecto da direita não avança" - faz-me lembrar a anedota da formiga que, ao atravessar a linha férrea, fica com uma pata presa e não consegue avançar. O comboio aproxima-se, a formiga esforça-se por soltar a pata... inutilmente. O comboio está cada vez mais perto... A formiga desiste de se soltar e diz: "Se o comboio descarrilar, paciência!..."


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