Os acontecimentos verificados a 29 de Fevereiro são os mais raros.
Naquele tempo (ou durante muito tempo) foi uma boa rádio...
Os acontecimentos verificados a 29 de Fevereiro são os mais raros.
Naquele tempo (ou durante muito tempo) foi uma boa rádio...
Exposição de cerca de 170 fotografias da autoria de Eduardo Gageiro, desde a década de 1950 até 2023, cobrindo diferentes áreas de trabalho, emigração, repressão policial do Estado Novo, manifestações populares, bastidores da política e imagens marcantes do dia 25 de Abril de 1974.
O olhar de Gageiro perante diferentes realidades, relevando “a importância das suas imagens para uma reflexão mais ampla sobre a história recente de Portugal e sobre a fotografia enquanto índice factual de realidade, acontecimento e de vida.”
Factum - Exposição na Galeria do Torreão Nascente da Cordoaria Nacional (Lisboa), até 5 de maio 2024.
«Para além da Comissão das Comemorações do 25 de
Abril, o ARQUIVO EPHEMERA é a instituição que mais tem contribuído para que se
comemore, estude, compreenda o significado da Revolução do 25 de Abril a nível
nacional. De Trás-os Montes ao Algarve, dezenas de exposições, umas mais
pequenas nas escolas e autarquias (Juntas de Freguesia, por exemplo), outras de
maior dimensão, e palestras, debates, conferências sobre o 25 de Abril, tem
sido ou estão a ser organizadas. Leu bem, “dezenas”. É um enorme esforço, na
maioria dos casos apenas com os nossos meios e o trabalho dos nossos
voluntários, que se estende por todo o ano de 2024, e que compreende quatro
exposições de grande porte: “A Liberdade, a Força que Muda Tudo” (Barreiro),
“Representações do Trabalho” (ISCTE), “Dez Dias que Abalaram Portugal”
(Lisboa), e sobre a Censura (Oeiras), com uma maioria esmagadora de materiais
originais e inéditos do ARQUIVO EPHEMERA.
Debates e encontros nas escolas,
autarquias, grupos culturais, universidades já se realizaram vários (Lisboa,
Barreiro, Moita, Olhão, Batalha, Braga, Tondela. Murtosa…), e estão agendados
muitos mais, assim como programas regulares (por exemplo, no Teatro Joaquim
Benite, em Almada) com vários intervenientes. Cedência de materiais
digitalizados ou fotografados, já foram enviados para diversas entidades,
dentro e fora de Portugal. Conferências, debates e encontros estão agendados
para França e para os EUA, até ao 25 de Abril. Catálogos, folhas de sala e pelo
menos a publicação de dois volumes na Colecção Ephemera da Tinta da China, e de
dois Cadernos do Ephemera, assim como vários documentários na RTP, estão
previstos. É muito, mas ainda falta muita coisa.»
Do fb do Ephemera
A crítica será ao valor das propinas ou ao facto de António Costa não ter escolhido um curso mais baratinho? Quiçá um curso de profissional de padaria, de empregado de mesa, de iniciação à canalização (o mesmo que estes "jornalistas" devem ter tirado, com especialização em esgotos).
Na capa do Correio da Manhã de hoje |
Ainda falta descobrirem que o consumo do filme pode induzir diabetes!...
(...)
And ev'ry task you undertake
Becomes
a piece of cake
A
lark! A spree! It's very clear to see that
A
Spoonful of sugar helps the medicine go down
The
medicine go down
The
medicine go down
Just
a spoonful of sugar helps the medicine go down
In a most delightful way
Exposição no Museu da Cidade [de Lisboa] - Lisboa Frágil, fotografias de Luís Pavão.
Costumes, ambientes e momentos da cidade, dos anos 70 a 2000.
Assinala-se hoje o 2.º aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia e o início da guerra.
Para o ano, se ainda cá estivermos, assinalaremos o 3.º aniversário.
Entretanto, a UE continuará a manifestar a sua solidariedade.
«É visível e de lamentar: com raríssimas excepções, os autores dos comentários e das análises das duas ou três dezenas de debates eram aficionados. Conclusão: quem designa o “vencedor” é quem escolhe os comentadores.»
António Barreto, Público (24 de Fevereiro de 2024)
«Quando somos jovens, queremos
mudar o mundo. Mas eu nem queria ir tão longe. Só queria que os jogadores de
futebol fossem vistos como os restantes trabalhadores do país. Afinal, não
descontávamos, não tínhamos condições de trabalho, nem uma série de coisas. Mas
este país vivia um período... especial. Estávamos sozinhos, fechados ao resto
do mundo.
Quis mudar isso, constituí o
Sindicato dos Jogadores Profissionais em Fevereiro de 1972, juntamente com
Eusébio e Simões (Benfica), Peres e Pedro Gomes (Sporting), Rolando (FC Porto).
O Jorge Sampaio foi o nosso advogado, com a missão de elaborar os estatutos
para os apresentar ao líder do Governo [Marcelo Caetano].
Nós só exigíamos justas condições,
com cláusulas nos contratos, mais previdência e assistência obrigatórias
profissionais. Mas isso era muito. Foi uma luta tremenda. É claro que adorava
marcar golos, mas o melhor golo foi este, da idealização de uma profissão de
futebolista igual à dos outros.»
Entrevista de Artur Jorge a Rui
Miguel Tovar, em “Tovar F. C.” (2 de Dezembro de 2021)
Vi-o jogar muitas vezes no Estádio da Luz.
Artur Jorge faleceu hoje.
Académica (1965-66) - Artur Jorge é o homem da bola |
Frase premonitória atribuída ao Almirante Américo Tomás, quando não aceitou o pedido de demissão de Marcelo Caetano, após a publicação, a 22 de Fevereiro de 1974, de Portugal e o Futuro, do General António de Spínola, ex-Governador-Geral e Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné, há pouco tempo regressado ao Continente (à Metrópole).
«(...) designado o Novo Ministro de Defesa, Prof. Silva Cunha, o General Spínola mostrou o maior interesse em ocupar funções que lhe permitissem partir em viagem para África. Encarou-se, primeiro, a hipótese de o nomear Inspector Geral das Forças Armadas, mas levantaram-se dificuldades da parte das hierarquias militares. Surgiu, a seguir, a solução de criar o lugar de Vice-Chefe de Estado Maior General, com quatro estrelas, para coadjuvar o Chefe por cuja delegação despacharia e foi nesse sentido que se decidiu, com acordo e aprazimento do interessado.
(...)
[Spínola] Anunciou, então [no dia em que tomou posse daquele cargo], a publicação para os próximos dias do seu livro. Julgava eu que fosse apenas a exposição e defesa da tese federalista e das vias para a tornar praticável. Perguntei-lhe se estava já autorizado a publicar. Respondeu-me que certamente o governo tinha confiança nele...
- Não, senhor general, o problema não é ter ou não ter confiança. Mas observar as leis e regulamentos militares. O senhor acaba de ser empossado no segundo lugar da hierarquia das Forças Armadas e não vai certamente querer começar por cometer uma infração à disciplina que lhe tiraria autoridade para a impor aos outros. Se tem alguma relutância em submeter aos seus superiores imediatos a apreciação do que escreveu eu próprio me ofereço para fazer a leitura e posso garantir-lhe que a farei com a maior largueza de espírito.
Confessou-me que pensara muito se me devia dar a ler o livro, ou não. E concluíra pela negativa. Porque sustentava pontos de vista que nem todos aceitavam mas que considerava indispensável trazer a lume e, de duas, uma: ou eu admitia a publicação e isso me comprometeria, ou não admitia e, pensava ele, daí resultaria grave inconveniente para o País.
Voltei ao meu ponto de vista: que fosse eu ou outro a fazer a leitura, era indiferente, contanto que se respeitasse a regra de que um oficial na actividade do serviço não pode publicar opiniões sobre matérias políticas sem autorização superior. E aqui surgiu uma dúvida: que dizia a lei? Autorização superior ou autorização ministerial? Nenhum de nós tinha a certeza. O General iria verificar. Porque na primeira hipótese bastava que fosse dada pelo Chefe do Estado Maior General como seu superior. Este que lesse o livro e decidisse ou, quando a competência não lhe pertencesse, que emitisse o seu parecer para o Ministro da Defesa resolver.
E nisto ficámos.»
Marcello Caetano, Depoimento
O parecer do Chefe do Estado Maior General, General Costa Gomes (de 11 de Fevereiro de 1974), foi favorável, afirmando que o autor do livro «defende com muita lógica uma solução equilibrada que podemos situar mais ou menos a meio de duas soluções extremas que têm sido largamente debatidas: a independência pura, simples e imediata de todos os territórios ultramarinos, patrocinada pelos comunistas e socialistas, e a de integração num todo homogéneo de todas aquelas parcelas, preconizada pelos extremistas de direita. Não necessitamos de desenvolver grande argumentação para concluirmos que estas soluções devem ser postas de lado, a primeira por ser lesiva aos interesses nacionais e a segunda por ser inexequível.» A publicação do livro seria um serviço "brilhante" prestado ao país.
Marcello Caetano, Depoimento
Sendo público que o livro estaria para sair, Marcelo Caetano considerou não ser "conveniente que se pusesse a correr a notícia de que fora proibido pelo governo, tratando-se da obra de um homem até há pouco cumulado de honrarias e que acabava de ser investido num lugar da maior confiança."
Se Costa Gomes, "o principal conselheiro para os assuntos militares do Chefe do Governo e do Ministro da Defesa", subscrevera aquele parecer, "não deixara certamente de ponderar a delicadeza da sua posição pela qual era altamente responsável." Marcelo Caetano "não podia admitir que tais pessoas não tivessem a noção do interesse nacional e do dever militar". Um desconfiado Ministro da Defesa lançou o despacho da autorização da publicação.
A 18 de Fevereiro, Marcelo Caetano recebeu um exemplar de Portugal e o Futuro, com "amável" dedicatória do autor.
«Só no dia 20 consegui, passadas já as onze da noite, encetar a leitura ao cabo de uma fatigante jornada de trabalho. Já não larguei a obra antes de chegar à última página, por alta madrugada. E ao fechar o livro tinha compreendido que o golpe de Estado militar, cuja marcha eu pressentia há meses, era agora inevitável.»
Marcello Caetano, Depoimento
O Presidente da República também recebeu um exemplar do livro, a 21 de Fevereiro, com uma dedicatória em que Spínola justificava estar convicto de "prestar ao país um serviço na hora grave em que não é lícito recusar o contributo para o esforço comum de prosseguir a grandeza de Portugal".
Américo Tomás que, mais tarde, vai escrever em memórias (Últimas Décadas de Portugal) que «tratando-se de um livro mais político e económico do que militar, não deveria ter sido pedido parecer ao CEMGFA, nem basear nele a autorização de publicação. Em suma, Thomaz considera o parecer um erro e que nem Caetano nem Silva Cunha estiveram à altura dos cargos que ocupavam ao autorizar o livro.» (José Matos e Zélia Oliveira, Rumo à Revolução)
O livro era o sinal da existência de fracturas na política do regime, assumindo algumas posições discordantes do discurso oficial. A política colonial era posta em causa e Spínola tornou público o conflito com o Governo.Podemos assim chegar à conclusão que, em qualquer guerra deste tipo, a vitória exclusivamente militar é inviável. Às Forças Armadas apenas compete, pois, criar e conservar pelo período necessário - naturalmente não muito longo - as condições de segurança que permitirão soluções político-sociais, únicas susceptíveis de pôr termo ao conflito.»
António de Spínola, Portugal e o Futuro
«O livro não é importante pelo que diz — um conjunto de vulgaridades —, mas porque coloca um sector das Forças Armadas perante a evidência de um general encarar a solução da guerra por vias políticas.» Isso terá contribuído para que alguns militares indecisos acabassem por se decidir a alinhar com o MFA que avançava em caminho autónomo. (Carlos Matos Gomes)
«(...) sem o Portugal e o Futuro publicado, haveria um setor significativo das Forças Armadas que talvez se tivesse sentido menos motivado para aderir ao Movimento dos Capitães. É que o livro de Spínola, independentemente do seu conteúdo não muito radical sobre a política colonial, acabou legitimar interrogações sobre o fim da guerra. E muita gente, nas Forças Armadas, só aderiu ao golpe porque estava motivada pelo dissídio de Spínola.» (Francisco Seixas da Costa)
Os jornais República e Expresso deram ampla divulgação à publicação do livro. Álvaro Guerra, que fazia o fecho da edição do República, arriscou o título «'A guerra está perdida’, afirma o general Spínola, no seu livro Portugal e o Futuro, publicado hoje». No Expresso, Marcelo Rebelo de Sousa e Pinto Balsemão "fizeram render o peixe".
A venda foi um sucesso - largas dezenas de milhares de exemplares vendidos em poucas semanas.
E as ondas de choque iriam suceder-se...
A 20 de Fevereiro de 1968, os Pink Floyd apresentaram-se no programa Bouton Rouge, da ORTF2. Dois dias antes dera-se a integração oficial de David Gilmour.
Era a nova formação em quarteto, depois de falhada a tentativa de manter Syd Barrett no grupo no formato de quinteto.
«Nunca vi um fanático com senso de humor. Nem uma pessoa com senso de humor tornar-se um fanático, a não ser que perca a graça. Um fanático pode ser sarcástico, mas não tem a capacidade de rir de si mesmo, que é o melhor antídoto para o fanatismo. Curiosidade, empatia e compaixão são formas de se colocar no lugar do outro. O que não significa necessariamente aceitar o ponto de vista do outro, nem oferecer a outra face ao inimigo. Apenas imaginar: "E se eu fosse ele?". Os fanáticos nunca fazem isso. Os fanáticos são pontos de exclamação ambulantes.»
Amos Oz
E sai uma nova medalha de ouro para Diogo Ribeiro!
100 metros mariposa
E sobre as disputas internas do mundo da justiça...
Em vésperas de eleições cujos resultados previsíveis suscitam muitas dúvidas sobre a composição de Governo que se formará, há vários "corpos" que estão a demarcar terreno... na justiça, nas polícias...
E quem estará a movimentar-se na sombra dos corpos?
Carlos Paredes faria hoje 99 anos.
Em Bragança e em Vinhais o dia forte da festa de Carnaval é a Quarta-feira das Cinzas.
Em Bragança, a Morte executa os rituais profanos acompanhado pelo Diabo e pela Censura. Várias "equipas" das três personagens percorrem ruas, largos e vielas da zona medieval da cidade, armados de gadanha, tridente e chicote, batendo às raparigas.
As raparigas fecham-se em casa e das janelas gritam, em tom de desafio, "Tens pori de vir aqui!". Os rapazes trepam às varandas e janelas com a ajuda de escadas e entram nas casas para castigar as provocadoras.
Em Vinhais saem à rua os diabos e a Morte. Logo após a meia-noite de 3.ª feira, os diabos investem contra os foliões que saem dos locais de diversão e, no dia seguinte, atormentam os transeuntes das ruas da vila com o recurso aos cinturões.
A Morte só sai mesmo na Quarta-feira. Anda sempre acompanhada pelos diabos, executando rituais que lhe são exclusivos, recorrendo a alguns requintes de crueldade na imposição de sacrifícios e penitências às suas vítimas, sobretudo as moças.
Parece que novos calendários adiaram a Quarta-feira para Sábado...
E hoje o aniversariante é Peter Gabriel, outro Genesis.
É muito engraçada a reacção de quem não pensava que tivesse acabado de ser campeão do mundo...
Aniversariante do dia, Steve Hackett, guitarrista dos Genesis (1970-77).
E quando a sua carreira se faz, ainda hoje, à sombra de composições dos Genesis, recordamos os tempos em que, animando Peter Gabriel o palco, SH tocava sentado. O seu solo inicia-se aos 6'42''... (enquanto nos deixarem ver o vídeo aqui...).
Diogo Ribeiro acabou de se sagrar campeão do mundo nos 50 metros mariposa.
Vi a prova na TV e... parece-me incrível! Um campeão do mundo numa modalidade onde, regra geral (e com todo o respeito e admiração por quem se esforça por obter resultados meritórios), não há atletas considerados de topo.
Parabéns ao Diogo e a todos aqueles que trabalharam para que este resultado fosse possível.
Faleceu esta semana o maestro Seiji Ozawa.
Uma sondagem do Público, RTP e Antena 1 compara Pedro Nuno Santos com Luís Montenegro.
As percepções são todas favoráveis a Montenegro. Cereja no topo do bolo: os mesmos inquiridos (até parece que são outros!) consideram que Pedro Nuno Santos parece mais bem preparado para exercer o cargo de primeiro-ministro.
Deixem de pensar no tal Vilela!
«A redução do rácio da dívida pública sobre o PIB para menos de 100% é uma óptima notícia – se esquecermos tudo o resto que se passa no país. Se o governo tivesse dedicado a outros fins uma parte do saldo orçamental equivalente a uns meros 0,5% do PIB (cerca de 1,25 mil milhões de euros) teria evitado muitas das tensões políticas que hoje estamos a enfrentar (e que resultam quase todas de reivindicações justas).
«Os homens, com suas más e perversas cobiças, vêm a ser como os peixes, que se comem uns aos outros (…) e os grandes comem os pequenos.»
É preciso recuperar a alegoria do Sermão de Santo António aos Peixes, relembrar a humanidade das relações entre as pessoas (os todos e todas). Porque nos andamos a comer uns aos outros na ambição do poder.
O Padre António Vieira nasceu a 6 de Fevereiro de 1608.
«Todos pelo Porto! Se estivermos todos pelo Porto, o Porto será maior. O Porto clube, o Porto cidade e o próprio país, porque a palavra Portugal nasce do Futebol Clube do Porto."
«Alguns comentadores devem ter mães que, chegados eles lá a casa, lhes devem dizer, orgulhosas: "Ó filho! Mas se tu, afinal, sabes mais do que aqueles senhores sobre o que é que se devia fazer e o que é bom para o país, não devias ser tu a mandar?" E dão-lhes pão com marmelada.»
Francisco Seixas da Costa
Se isto não é uma ameaça...
«Desta guisa que havees ouvido, se levantarom os pobos em outros logares sendo grande cisma e divisom antre os grandes e os pequenos. O qual ajuntamento dos pequenos pobos, que se estonce assi juntava, chamavom naquel tempo arraia meúda. Os grandes à primeira escarnecendo dos pequenos, chamavom-lhe pobo do mexias de Lixboa, que cuidavom que os havia de remir da sojeiçom delRei de Castela. E os pequenos aos grandes depois que cobrarom coraçom, e se juntavom todos em h~u, chamavom -lhe treedores cismaticos, que tinham da parte dos castelãos, por darem o regno a cujo nom era. E ne~hu˜, por grande que fosse, era ousado de contradizer a esto, nem falar por si ne˜hu˜a cousa, porque sabia que como falasse, morte má tinha logo prestes sem lhe nehu˜ poder ser bom. Era maravilha de ver, que tanto esforço dava Deus neles, e tanta covardice nos outros, que os castelos que os antigos reis per longos tempos jazendo sobr’eles com força d’armas nom podiam tomar, os pobos meúdos mal armados e sem capitam, com os ventres ao sol, ante de meo-dia os filhavom por força.»
Fernão Lopes, Crónica de D. João I
«Neste mesmo ano de 1358, no Verão, os camponeses que viviam nos arredores de Saint-Leu-d'Esserent e Clermont-en-Beauvaisis, vendo os males e as opressões que, por todos os lados, lhes eram infligidos sem que os seus senhores os protegessem - em pelo contrário, atacavam-nos como se fossem seus inimigos - revoltaram-se contra os nobres de França e pegaram em armas. Reuniram-se em grande multidão, elegendo como capitão um camponês muito hábil, Guillaume Carle, natural de Mello.»
Jean de Venette, Chronique dite de Jean de Venette
Há 30 anos, Streets of Philadelphia venceu o Óscar de melhor música original, escrita e interpretada por Bruce Springsteen para abrir o filme Filadélfia.