AMH - Acho que sim, mas o perigo principal, a meu ver, já não são essas alternativas radicais à esquerda, que tiveram a sua época, mas não estão no horizonte. O perigo são as alternativas de usura dos valores democráticos em nome de valores como a eficácia, a competitividade, a análise de custo-benefício ("a democracia é muito cara!) ou a ineficiência do regime democrático, que é muito demorado, porque têm de se ouvir os partidos, porque tem de se votar numa assembleia, porque há eleições de quatro em quatro anos... Há muita gente a dizer que a democracia não é eficiente, que não é competitiva. Os perigos estão realmente por aí.»
(entrevista de António Manuel Hespanha ao Jornal de Notícias História, Outubro de 2018)
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