«O que é que vai ficar da obra da Agustina? Quanto a mim, vai ficar o que tem a ver com a portugalidade, uma portugalidade a Norte, com grandes personagens que a ilustram. A enorme capacidade de dar atmosferas, ambientes, aquilo a que se chama o espírito do tempo e o espírito do lugar. Nisso, Agustina é insuperável. E vai ficar a sua enorme cultura humanística, uma coisa que tende a desaparecer da literatura. E também um estilo único, que nunca ninguém teve igual. Acontece com ela o que aconteceu com o Aquilino: são autores de estilo. E essa ideia de um autor identificável pelo estilo também está a desaparecer – agora tudo se arrisca a ser um pouco igual.»
Mário Cláudio
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