Da História só resta a memória.
O Bucentauro era aquilo que se pode chamar a embarcação oficial de Veneza, usada nas recepções a altas personalidades e nas festas, principalmente na do Dia da Ascensão.
Nesse dia, para celebrar a festa da união de Veneza com o mar, o Doge embarcava no Bucentauro e, na proximidade da igreja de S. Nicolau do Lido, lançava à água uma aliança de ouro, símbolo dessa união.
O último Bucentauro, aquele que terá sido o mais sumptuoso de todos e que será o representado por Guardi em mais do que um quadro, foi destruído por ordem de Napoleão.
No quadro da Gulbenkian, embarcações secundárias remetem o Bucentauro para segundo plano |
Não sei se a festa ainda se realiza ou se, por falta dela, o mar mais se zanga com Veneza.
O romantismo está ameaçado.
Jorge Sousa Braga tem um Plano para salvar Veneza.
Como o poeta avisa,
«A não ser que se tomem as devidas providências, dentro em breve será celebrada na catedral de S. Marcos a primeira missa submarina para alguns cardumes de peixes boquiabertos.»
P.S. - O mais surpreendido será uma solha!
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