"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Open House em Lisboa (2)

Menos entusiasmado com o programa pessoal para o 2.º dia (Domingo passado), comprometido pela confusão que fiz com os horários das visitas ao Supremo Tribunal de Justiça.
Veredicto: fica para uma próxima!

De essencial... curiosidades. Outras histórias.


Teatro Thalia, às Laranjeiras, o teatro privado do Conde do Farrobo.
Revisitar S. Domingos de Benfica. Afectividades!...
Lembrar a personalidade riquíssima, em todos os sentidos, do conde, no âmbito da sociedade lisboeta (e não só) de meados do século XIX.
O ex-teatro é, neste momento, um misto de ruína limpa e conservada e uma gaiola de betão (estrutura arquitectónica) que sustenta a ruína, envolvendo-a. A ideia é (re)construir um espaço cultural afecto ao Ministério da Educação, que administra o edifício.


Informações sobre o Teatro e o projecto de recuperação pode ser encontrada aqui e aqui.


Palácio do Menino de Ouro (actual British Council).
Mandado construir por Luís José Seixas Fernandes, após o seu casamento com Beatriz Léger-Lavrado, em 1885.
O desgosto da morte da mulher, logo no ano seguinte, quando do parto do primeiro filho (que também morreu), levou-o para Paris, onde se dedicou ao colecionismo de obras de arte, sobretudo porcelanas, que reuniu no seu palácio.
Luís Fernandes doou as suas colecções a museus portugueses. Aliás, chegou a expressar o desejo que o palácio fosse como um anexo do Museu de Arte Antiga.

Mas em 1925, 3 anos após a morte de Luís Fernandes, o edifício viria a ser comprado por Alves dos Reis, autor famoso de múltiplas falcatruas financeiras e que escondeu num cofre, no palácio, um bom lote das suas notas falsas de 500 escudos, impressas em Londres.
O proprietário rapidamente passou a ser o Banco de Portugal, na sequência do julgamento de Alves dos Reis (1932). O Banco de Portugal vendeu o palácio ao British Council, em 1942.

Painel de azulejos de José Jorge Pinto
 

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