"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O gebo e a sombra – Manuel de Oliveira e Raúl Brandão

Estreou hoje no circuito comercial aquele que é o último filme de Manuel de Oliveira... até ao momento!


O gebo e a sombra é a adaptação da obra homónima de Raúl Brandão, publicada em 1923, considerada por Jorge de Sena como “obra-prima do teatro português”.

O filme já tinha sido projectado em sessões especiais, incluindo a sua apresentação em Guimarães, no âmbito da Capital Europeia da Cultura.
Tão próximo desta cidade viveu Raúl Brandão durante largos anos, na Casa do Alto, em Nespereira.
A organização da Capital Europeia da Cultura teria sido uma óptima oportunidade, entretanto perdida, para lembrar e divulgar a figura e a obra deste escritor.

Aqui só pretendo assinalar, para além da ligação entre filme e peça (Manuel de Oliveira e Raúl Brandão), o extraordinário vigor e a lucidez, aos 103 anos, do cineasta, que consegue ter o prestígio necessário para reunir no filme nomes maiores do cinema, mesmo que já não muito novos (mas ao lado de Oliveira...).
É assinalável.

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