"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Árbitro "muito discreto"

Um dos muitos comentadores de futebol que acompanhou o Europeu do dito afirmou, num tom que revelava alguma desilusão, que a arbitragem de Pedro Proença na final tinha sido "muito discreta".
E isso é mau para um árbitro?

Tentando seguir o raciocínio do comentador, o que deveria ter feito Pedro Proença para melhorar a sua actuação?
Hipóteses:
  • Ter aparecido todo equipado de cor de rosa.
  • Ter optado por outra forma de escolha de campo/saída de bola que não fosse a tradicional moeda ao ar.
  • Ter usado uma gaita de foles em vez do apito.
  • Ter tocado "Apita o comboio no meio da linha" ou "As meninas da Ribeira do Sado", em vez de se limitar a apitar.
  • Ter marcado um penalty na sequência de uma falta no círculo central.
  • Ter oferecido cheques-brinde quando da marcação de pontapés de canto.
  • Ter-se oferecido para jogar no lugar do lesionado Thiago Mota, equilibrando mais o jogo.
  • Ter dado orientações tácticas à equipa italiana.
  • Ter abraçado efusivamente os jogadores que marcaram golo.
  • Ter encurtado o tempo de jogo, porque o domínio espanhol era excessivo.

Muito discreto?
Demasiado salientes são algumas actuações no campeonato português. Dos árbitros... e dos jogadores e dos dirigentes...

Mas fica esta sugestão:

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