Ainda bem que foi dada a um filósofo a oportunidade de ser director de um jornal, mesmo que só por um dia.
O Público de hoje pega no país ao contrário. Em vez de partir dos lugares comuns, parte do "vazio do conhecimento sobre Portugal" e da ideia de que este vazio condiciona as políticas.
E a ideia com que ficamos - ou aquela que confirmamos - é que... o rei vai nu!
É o Estado da Nação... pelo seu avesso.
Por isso o primeiro gráfico apresentado é o vazio. Por isso o ZERO da primeirta página.
Por isso as perguntas das sondagens imaginárias são daquelas que nos questionam - nos põem em causa - e que questionam quem exerce o poder. E as respostas (ou a sua falta) expressam o vazio. Total. Absoluto.
E podemos ver como o poder (não) pensa sobre esse vazio que é a sua total e absoluta falta de pensamento próprio. E como o poder actua na sua (e na nossa) ignorância.
Ler as primeiras páginas do Público de hoje é despertar-nos o desejo de ver José Gil confrontar frente-a-frente/olhos-nos-olhos os nossos políticos. De os ver atrapalhados... de vazios.
Ainda bem que foi dada a um filósofo a oportunidade de ser director de um jornal, é pena que seja só por um dia.
O mal é habituarmo-nos!...
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