Os dois entraram em diálogo e é difícil individualizá-los...
Professor, pedagogo, divulgador de ciência e poeta...
A ciência na poesia, a poesia na ciência e na vida.
A propósito desta dicotomia Rómulo de Carvalho/António Gedeão caberá citar a Arte de Ser Português, de Teixeira de Pascoaes:
«Devemos considerar divina a missão dos poetas, quando não mintam ao seu destino sublime.
Se a Ciência é a realidade das coisas fora de nós, a Poesia é a sua realidade dentro em nós. A Ciência vê; a Poesia visiona, transcendentaliza o objecto contemplado; eleva o real ao ideal; é criadora, e as suas criações ficam a viver, a pertencer à Natureza que, nelas, se excede e acrescenta às suas formas objectivas do domínio Científico a beleza espiritual.»
Em http://www.romulodecarvalho.net/ encontramos um óptimo site sobre António Gedeão (ou será sobre Rómulo de Carvalho?).
Homem
Inútil definir este animal aflito.
Nem palavras,
nem cinzéis,
nem acordes,
nem pincéis
são gargantas deste grito.
Universo em expansão.
Pincelada de zarcão
desde mais infinito a menos infinito.
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