"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Cortes nos transportes

As luminárias que fazem a gestão dos transportes públicos nunca tiveram de os usar, só assim se compreende a estupidez!

Muitos dos que nos desgovernam nunca passaram de académicos ou de políticos de incubadoura que agora fazem o seu tirocínio na prática de desgovernar. Possivelmente nunca trabalharam. Se trabalharam também nunca usaram os transportes públicos para irem trabalhar, de certeza. Ou não alimentariam estas ideias.

Parece que o défice, a crise, se deve aos gastos destas carreiras de barco, de autocarro... coisas inúteis, supérfluas, de luxo!
Eu tenho gozado desse luxo diário!
Agora, às minhas 3 horas de viagem diária casa-escola-casa, se o barco Lisboa - Seixal for suprimido, acrescentarei mais uns bons minutos.

Lamento a falta de sensibilidade social, a falta de sentido do que é (deve ser) serviço público, a tacanhez e a falta de discernimento mental da cambada de agiotas que nos desgovernam. São política e eticamente miseráveis!

 

1 comentário:

  1. Estas pessoas, de certeza, nunca precisaram de se deslocar de transportes públicos para trabalhar. Se o tivessem alguma vez feito, pensariam 2 vezes antes de cometerem tamanhas atrocidades...

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