O fado foi a primeira “obra” portuguesa a entrar na lista do Património Imaterial da Humanidade.
A UNESCO adoptou, em 1989, a Recomendação para a Salvaguarda da Cultura Tradicional e do Folclore, dividida em tesouros humanos vivos, línguas em perigo no mundo e música tradicional.
Mas o caminho foi longo...
Em 1999, foi criada a "Proclamação das Obras-primas do Património Oral e Imaterial da Humanidade", para distinguir os exemplos mais notáveis de espaços culturais ou formas de expressão popular e tradicional.
Em 2003, foi aprovada a Convenção para Salvaguarda do Património Cultural Imaterial. A Convenção definiu que “o património cultural imaterial não se resume apenas aos monumentos e colecções de objectos, mas abrange também as tradições, expressões de vida, conhecimentos e aptidões que constituem a cultura e a identidade de cada país.”
Em 2006, a Convenção entrou em vigor.
Até hoje, Portugal não possuía nenhum bem na lista de património imaterial. O Fado foi o primeiro.
Proponho que se comece a preparar a candidatura da gastronomia tradicional: Rojões (Minho), Tripas (Porto), Açorda e/ou Migas (Alentejo), Alcatra (Açores), Xerém (Algarve), Chanfana (Beira), Alheira, Posta Mirandesa e/ou cabrito (Trás-os-Montes), Cozido à Portuguesa (de todo o país, até ao das Furnas - Açores) podem integrar a lista que terá de ser extensa. Ainda há muito lugar para as sopas e para os doces, a começar pelos conventuais.
Digam lá se estes pratos não são um tesouro humano vivo!
Isto é que era uma grande festa!!!
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