"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Um feliz ano novo
FELICIDADE
A felicidade sentava-se todos os dias no peitoril da janela.
Tinha feições de menino inconsolável.
Um menino impúbere
ainda sem amor para ninguém,
gostando apenas de demorar as mãos
ou de roçar lentamente o cabelo pelas faces humanas.
E, como menino que era,
achava um grande mistério no seu próprio nome.
Jorge de Sena
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Felicidade
Era motivo de artigo, no Público do dia 24 de Dezembro, a realização de um colóquio sobre Religião e (In)felicidade.
Hoje, no mesmo jornal, um cronista interrogava-se:
«A verdade é que alcançamos progresso tecnológico, científico e material, aumentámos produtividade e consumo, mas isso não nos levou a ganhos claros de bem-estar subjectivo. Talvez seja hora de voltar a pensar até que ponto as nossas opções nos têm conduzido à criação de condições para uma existência mais digna e plena. Regressar à pergunta de sempre: o que significa ser feliz?»
E o que é preciso para sermos felizes?
No tal congresso, um físico que trabalha no Instituto Biomédico de Investigação da Luz e Imagem da Universidade de Coimbra, Nicolás Lori, afirmou que todos buscamos a felicidade. Sabemos, através da neurociência, que «temos naturalmente tendência para sermos felizes. Quanto mais neurónios estiverem satisfeitos com a relação entre os dados recebidos e os dados esperados, mais eles estarão satisfeitos em termos fisiológicos e dos nutrientes que recebem. Essa satisfação, essa tranquilidade com as coisas que acontecem, induz à felicidade.»
Esta facilidade em ver as coisas deixou-me feliz. Afinal é simples.
Mas, depois, o organizador do colóquio, o padre e filósofo Anselmo Borges, recordou que «para se ser feliz é necessária uma multidão de coisas e condições». E citou: «saúde, fruição da paz e dos direitos humanos, algum prazer, uma vida familiar agradável, amor, realização profissional mínima, reconhecimento social, algum dinheiro, amigos, um projecto de vida viável, um governo competente e decente.»
Pronto!!! Aquilo que parecia tão fácil é, afinal, impossível.
Logo é necessário um governo competente e decente!!!
Hoje, no mesmo jornal, um cronista interrogava-se:
«A verdade é que alcançamos progresso tecnológico, científico e material, aumentámos produtividade e consumo, mas isso não nos levou a ganhos claros de bem-estar subjectivo. Talvez seja hora de voltar a pensar até que ponto as nossas opções nos têm conduzido à criação de condições para uma existência mais digna e plena. Regressar à pergunta de sempre: o que significa ser feliz?»
E o que é preciso para sermos felizes?
No tal congresso, um físico que trabalha no Instituto Biomédico de Investigação da Luz e Imagem da Universidade de Coimbra, Nicolás Lori, afirmou que todos buscamos a felicidade. Sabemos, através da neurociência, que «temos naturalmente tendência para sermos felizes. Quanto mais neurónios estiverem satisfeitos com a relação entre os dados recebidos e os dados esperados, mais eles estarão satisfeitos em termos fisiológicos e dos nutrientes que recebem. Essa satisfação, essa tranquilidade com as coisas que acontecem, induz à felicidade.»
Esta facilidade em ver as coisas deixou-me feliz. Afinal é simples.
Mas, depois, o organizador do colóquio, o padre e filósofo Anselmo Borges, recordou que «para se ser feliz é necessária uma multidão de coisas e condições». E citou: «saúde, fruição da paz e dos direitos humanos, algum prazer, uma vida familiar agradável, amor, realização profissional mínima, reconhecimento social, algum dinheiro, amigos, um projecto de vida viável, um governo competente e decente.»
Pronto!!! Aquilo que parecia tão fácil é, afinal, impossível.
Logo é necessário um governo competente e decente!!!
Transtejo - redução de carreiras
Do jornal Público, hoje:
Transtejo prepara redução de ligações em horas de ponta
Desde há meses que a pouca procura daquelas carreiras [ligações Seixal-Cais do Sodré e Trafaria-Porto Brandão-Belém] tem sido referida pelo secretário de Estado dos Transportes, Carlos Correia da Fonseca. Em Maio declarou mesmo que a Transtejo "conheceu uma grande perda de passageiros nos últimos anos, podendo-se questionar por que é que uma empresa que apresenta estes problemas continua a investir".
Eu diria mais do que o Secretário de Estado.
Eu questionaria a própria existência da Transtejo. Olha o luxo de se atravessar o Tejo naqueles barcos! Eu acabava com eles e, quando muito, recuperaria as velhas faluas - era um acto, já, de extrema generosidade!
Mais, dados os prejuízos de todas as empresas de transportes públicos, acabava mesmo com todas.
E mais, ainda: acabava com o cargo de Secretário de Estado dos Transportes!
E para comemorar, atirava com este ao Tejo!
A notícia continua com afirmações do presidente da Transtejo.
O grupo constituído pela Transtejo e pela Soflusa (barcos para o Barreiro) faz parte do leque de empresas estatais que terão de reduzir 15 por cento os seus custos operacionais. Para alcançar essa meta "seria preciso reduzir significativamente a oferta", afirmou há duas semanas à TSF o presidente da Transtejo, João Pintassilgo, acrescentando que não lhe parece "que isso seja de todo aconselhável". Contudo, disse o gestor, o plano de cortes da empresa não chega ao exigido pelo Governo.
Também não me parece aconselhável! Aliás, quando se resolve cortar em carreiras que funcionam à hora de ponta – as que mais passageiros transportam – não me parece mesmo nada!
Talvez no plano de cortes da empresa deva fazer parte a redução significativa do número de directores, vice-directores e assessores e do vencimento dos directores que assim falam.
Outro que devia ser atirado à água! Sem bóia!
Iria sentir a falta dos barcos!
Natal da Rute
Muito próximo do outro Natal...
No jantar falámos da visita que fizemos ao Mosteiro de S. Vicente de Fora (fazia 16 anos que lá tínhamos ido). Aqui fica um grupo (com a Rute).
Beijinho especial para ti, hoje.
No jantar falámos da visita que fizemos ao Mosteiro de S. Vicente de Fora (fazia 16 anos que lá tínhamos ido). Aqui fica um grupo (com a Rute).
Beijinho especial para ti, hoje.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Segue a estrela...
Achei piada a este cartoon, a propósito do Natal dos dias de hoje.
E a propósito deste cartoon, lembrei-me do poema Dia de Natal, de António Gedeão.
Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal,
de vidro e de cerâmica.
(...)
A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra - louvado seja o Senhor! - o que nunca
tinha pensado comprar.
(excerto)
E a propósito deste cartoon, lembrei-me do poema Dia de Natal, de António Gedeão.
Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal,
de vidro e de cerâmica.
(...)
A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra - louvado seja o Senhor! - o que nunca
tinha pensado comprar.
(excerto)
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Sonhos (V)
Esta noite, sonhei que colegas minhas reconstituíam um complexo de templos, algures no Mádio Oriente.
A escadaria subia a escosta Norte da Mata de S. Domingos de Benfica (da minha infância) e do alto (que não cheguei a atingir) avistava-se o templo principal, já na encosta do lado contrário (adivinhava eu).
O que me assustava era a presença de guardas em vários pontos laterais à escadaria. Eram antigos soldados (da época dos templos) que voltavam à vida e eu tinha medo de fazer ou de dizer alguma coisa que os ofendesse.
A Esmeralda estava feliz e confiante, afirmando-me não haver problema.
A escadaria subia a escosta Norte da Mata de S. Domingos de Benfica (da minha infância) e do alto (que não cheguei a atingir) avistava-se o templo principal, já na encosta do lado contrário (adivinhava eu).
O que me assustava era a presença de guardas em vários pontos laterais à escadaria. Eram antigos soldados (da época dos templos) que voltavam à vida e eu tinha medo de fazer ou de dizer alguma coisa que os ofendesse.
A Esmeralda estava feliz e confiante, afirmando-me não haver problema.
Faltam os guardas armados
domingo, 26 de dezembro de 2010
Abençoado Sol
... que, depois de dias de chuva ou nevoeiro, me permitiu dar um salto à praia.
O mar em Carcavelos, esta tarde:
O mar em Carcavelos, esta tarde:
O meu primeiro Natal
Era o que dizia o Francisco.
(E também deve ter dito o Diogo, o Tomás e a Guiomar)
(E também deve ter dito o Diogo, o Tomás e a Guiomar)
Estava sonolento (ou com os copos, como o Shane MacGowan)
Canção de Natal
Não é daquelas que passam sem parar na televisão, na rádio ou nas apresentações e vídeos de Natal que nos entram pelo computador adentro.
É melhor. "Muita bem esgalhada": Fairytale of New York, dos Pogues, no tempo em que Shane MacGowan era o vocalista. Bebia que se fartava (ainda deve beber) e fumava durante os concertos...
A propósito das suas canções e de um livro que escreveu, como terá dito um dia: "Nunca escrevo quando estou sóbrio. Nunca o fiz. Nem sabia por onde é que havia de começar."
Como diz a canção:
É melhor. "Muita bem esgalhada": Fairytale of New York, dos Pogues, no tempo em que Shane MacGowan era o vocalista. Bebia que se fartava (ainda deve beber) e fumava durante os concertos...
A propósito das suas canções e de um livro que escreveu, como terá dito um dia: "Nunca escrevo quando estou sóbrio. Nunca o fiz. Nem sabia por onde é que havia de começar."
Como diz a canção:
So happy Christmas
I love you baby
I can see a better time
When all our dreams come true
O Natal do Ricardo João
Cada um tem o seu Natal.
O Natal do Ricardo João é o que nós temos de mais próximo do Menino Jesus.
Não vieste ao jantar (não me lembro de qualquer jantar sem ti!), mas tens direito a um abraço.
O Natal do Ricardo João é o que nós temos de mais próximo do Menino Jesus.
O Ricardo João junto a um jarrão chinês
(Mosteiro de S. Vicente de Fora, Dezembro de 1994)
Não vieste ao jantar (não me lembro de qualquer jantar sem ti!), mas tens direito a um abraço.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Telma
Minutos atrás, telefonou-me a Telma (9.º 5, se isto é referência para alguém...), disfarçada de Lobo Mau.
Mas o lobo rapidamente perdeu a máscara.
É bom ter estas surpresas!
E esta?
Aqui está gente de quem falaste.
Beijinhos
Mas o lobo rapidamente perdeu a máscara.
É bom ter estas surpresas!
9.º 5 e 9.º 7 - Vila Nova de Cerveira (1998)
E esta?
Aqui está gente de quem falaste.
Beijinhos
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Natal
Solstício de inverno.
Aqui estou novamente a festejá-lo
À fogueira dos meus antepassados
Das cavernas.
Neva-me na lembrança.
E sonho a primavera
Florida nos sentidos.
Consciente da fera
Que nesses tempos idos
Também era,
Imagino um segundo nascimento
Sobrenatural
Da minha humanidade.
Na humildade
Dum presépio ideal,
Emblematizo essa virtualidade.
E chamo-lhe Natal.
Miguel Torga, 25 de Dezembro de 1982
Um Feliz Natal para todos.
Que saibamos encontrar a paz interior e sentir a energia que nos permitirá ter uma visão construtiva da vida e usar esse pensamento positivo para viver em harmonia com os outros.
Penso que esse deverá ser, hoje, o espírito do Natal.
Aqui estou novamente a festejá-lo
À fogueira dos meus antepassados
Das cavernas.
Neva-me na lembrança.
E sonho a primavera
Florida nos sentidos.
Consciente da fera
Que nesses tempos idos
Também era,
Imagino um segundo nascimento
Sobrenatural
Da minha humanidade.
Na humildade
Dum presépio ideal,
Emblematizo essa virtualidade.
E chamo-lhe Natal.
Miguel Torga, 25 de Dezembro de 1982
Um Feliz Natal para todos.
Que saibamos encontrar a paz interior e sentir a energia que nos permitirá ter uma visão construtiva da vida e usar esse pensamento positivo para viver em harmonia com os outros.
Penso que esse deverá ser, hoje, o espírito do Natal.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
E voltámos a estar juntos
A vida é assim, ou nós fazêmo-la assim.
Há dias, num outro jantar, desta vez de professores, um amigo, já reformado e na casa dos 70, falava-me emocionado na separação entre as pessoas que acontece tantas vezes em vida. E falava dessa separação ou desse afastamento como uma morte. Daí a importância de nos reencontrarmos.
Nem sempre as oportunidades são perfeitas - há sempre impedimentos - mas são oportunidades.
E o jantar de 6.ª feira foi uma oportunidade... de nos reencontrarmos. E de conhecer os juvenis... (sinto-me um pouco "avô"!)
Tomara que haja mais!
Há dias, num outro jantar, desta vez de professores, um amigo, já reformado e na casa dos 70, falava-me emocionado na separação entre as pessoas que acontece tantas vezes em vida. E falava dessa separação ou desse afastamento como uma morte. Daí a importância de nos reencontrarmos.
Nem sempre as oportunidades são perfeitas - há sempre impedimentos - mas são oportunidades.
E o jantar de 6.ª feira foi uma oportunidade... de nos reencontrarmos. E de conhecer os juvenis... (sinto-me um pouco "avô"!)
Tomara que haja mais!
Estar convosco, saber de vocês (sobretudo quando sei que estão bem), sentir-vos...
dá-me uma grande satisfação, uma sensação de bem-estar. Sou mais feliz.
Gosto muito de vocês
Um abraço
(apertado)
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Reencontro (2)
Eu sabia que na primeira mensagem deste Permanente Reencontro (versão 2) tinha referido os jovens - tinha de ser!
Não me recordava de ter utilizado a mesma fotografia que aparece na mensagem de anteontem. São acasos que resultam da felicidade da fotografia - o grupo num momento feliz, entre tantos (acho eu) que tivemos.
Penso que tínhamos, para nosso bem, a capacidade de ser felizes ou de facilmente criarmos a felicidade.
Não me recordava de ter utilizado a mesma fotografia que aparece na mensagem de anteontem. São acasos que resultam da felicidade da fotografia - o grupo num momento feliz, entre tantos (acho eu) que tivemos.
Penso que tínhamos, para nosso bem, a capacidade de ser felizes ou de facilmente criarmos a felicidade.
Como se pode ver noutra fotografia que podia ter escolhido
No mesmo dia, do outro lado do relvado de Monserrate
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Francisco, mês 1
O tempo de ausência tem estes efeitos:
O Francisco já faz hoje um mês!
Um longo e profundo bocejo ao segundo dia
O Francisco no Sábado passado
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Reencontro
Depois de tanta ausência é bom receber um telefonema para nos podermos reencontrar.
Eu tinha acabado de pensar em vocês...
Eu tinha acabado de pensar em vocês...
9.º 8 - Monserrate (Julho 1997)
Até 6.ª feira.
Que os reencontros sejam mais permanentes.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Portugal em boa situação financeira
Penso que podemos estar mais descansados quanto à situação financeira do país.
Difícil poderá ser convencer os organismos internacionais, as agências de rating e os famigerados mercados!
É que o título de um jornal era este:
Se a economia não registada se tornasse formal, as receitas fiscais acabavam com défice público
E o desenvolvimento da notícia confirmava:
Em Portugal, estima-se que a economia informal represente entre 18 e 22% do Produto Interno Bruto. Se tivermos em conta as receitas fiscais que não são cobradas desta economia não registada, estas «chegariam para eliminar o problema do excesso de défice público das nossas finanças públicas».
Difícil poderá ser convencer os organismos internacionais, as agências de rating e os famigerados mercados!
É que o título de um jornal era este:
Se a economia não registada se tornasse formal, as receitas fiscais acabavam com défice público
E o desenvolvimento da notícia confirmava:
Em Portugal, estima-se que a economia informal represente entre 18 e 22% do Produto Interno Bruto. Se tivermos em conta as receitas fiscais que não são cobradas desta economia não registada, estas «chegariam para eliminar o problema do excesso de défice público das nossas finanças públicas».
Destak, 22 de Outubro de 2010, Citação de José Neves Cruz,
membro do Centro de Investigação Jurídico-Económica, docente da Faculdade de Direito do Porto
Ou seja, Portugal dispõe de uma robusta economia paralela. A questão é convencer os organismos internacionais disso.
É que só nós é que sabemos!
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
República
"Portugal é uma república de financeiros e jornalistas desde 1992."
José Medeiros Ferreira, http://cortex-frontal.blogspot.com/2010/10/o-lugar-de-passos-no-psd.html
José Medeiros Ferreira, http://cortex-frontal.blogspot.com/2010/10/o-lugar-de-passos-no-psd.html
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
O Orçamento, os Partidos, o Jogo de Xadrez e Nós
O jogo de xadrez da vida dos cidadãos, jogado pelos políticos, é levado a um ponto em que estes já não se lembram do que está em causa, absorvidos pelo tacticismo e pelo desejo de vitória sobre o adversário.
Chegados a este ponto, o que é ou será a nossa vida já não interessa, já nem é lembrado. Só interessa a obsessão pelo jogo, entretanto, inútil.
Mais do que inútil, perigoso. Pelo que põe em causa.
Em O Sétimo Selo, Ingmar Bergman coloca a sua personagem principal (o cavaleiro) a jogar xadrez com a personificação da morte, à beira mar.
“Cada jogada torna-se um adiamento à morte do cavaleiro, e apesar de ele saber que irá morrer, tenta cada vez mais adiar a sua morte de modo a descobrir mais sobre a vida. Ele procura o Conhecimento (...)”
Ao menos, Bergman fez uma obra de arte.
Chegados a este ponto, o que é ou será a nossa vida já não interessa, já nem é lembrado. Só interessa a obsessão pelo jogo, entretanto, inútil.
Mais do que inútil, perigoso. Pelo que põe em causa.
Em O Sétimo Selo, Ingmar Bergman coloca a sua personagem principal (o cavaleiro) a jogar xadrez com a personificação da morte, à beira mar.
“Cada jogada torna-se um adiamento à morte do cavaleiro, e apesar de ele saber que irá morrer, tenta cada vez mais adiar a sua morte de modo a descobrir mais sobre a vida. Ele procura o Conhecimento (...)”
Ao menos, Bergman fez uma obra de arte.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Islândia - Futebol e Leitura
Em futebol, Portugal venceu, com relativa facilidade, a selecção da Islândia.
Entretanto li que a biblioteca central de Reiquiavique (Reykjavík, à islandesa), tem uma média de empréstimos mensais na ordem dos 40 mil livros, numa malha urbana de 80 a 100 mil habitantes - Francisco José Viegas, revista Ler deste mês.
Parece-me que em leitura estamos a perder.
Eu sei que o inverno na Islândia é bem mais frio, não têm tantas horas de sol, devem estar mais horas dentro de casa... Mas não é isso, não.
Entretanto li que a biblioteca central de Reiquiavique (Reykjavík, à islandesa), tem uma média de empréstimos mensais na ordem dos 40 mil livros, numa malha urbana de 80 a 100 mil habitantes - Francisco José Viegas, revista Ler deste mês.
Parece-me que em leitura estamos a perder.
Eu sei que o inverno na Islândia é bem mais frio, não têm tantas horas de sol, devem estar mais horas dentro de casa... Mas não é isso, não.
Reykjavík
Só conseguimos pensar em grande!
«(...) Portugal não consegue juntar dois partidos para decidir o orçamento mas consegue ir para o Conselho de Segurança da ONU para resolver os conflitos entre nações.»
http://jumento.blogspot.com//
http://jumento.blogspot.com//
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Políticos
Estou a assistir ao Prós e Contras e confirmo o que já pensava: Jorge Sampaio foi o último político digno desse nome em Portugal.
Depois... FLOP! Um grande FLOP!! Um enorme FLOP!!!
Dúvidas?
Depois... FLOP! Um grande FLOP!! Um enorme FLOP!!!
Dúvidas?
Gincanas
Esta mensagem é, em especial e por razões óbvias, para um grupo de antigos alunos:
Hoje voltei a estar na organização/concretização de uma gincana na escola.
O tema era a República, a propósito do centenário do 5 de Outubro de 1910.
Foi o reatar de uma breve tradição (2.ª metade da década de 1990), iniciada pelo Prof. António Jesus. Mas Eu juro que nos papéis (e na minha cabeça) tudo estava bem organizado, mas... como é costume, houve alguma confusão - a manhã acabou por ser o "ensaio geral", à tarde decorreu um pouco melhor.
Quando tiver oportunidade, deixarei aqui umas fotos.
Um grande abraço para vocês.
Saudades
Hoje voltei a estar na organização/concretização de uma gincana na escola.
O tema era a República, a propósito do centenário do 5 de Outubro de 1910.
Foi o reatar de uma breve tradição (2.ª metade da década de 1990), iniciada pelo Prof. António Jesus. Mas Eu juro que nos papéis (e na minha cabeça) tudo estava bem organizado, mas... como é costume, houve alguma confusão - a manhã acabou por ser o "ensaio geral", à tarde decorreu um pouco melhor.
Quando tiver oportunidade, deixarei aqui umas fotos.
Um grande abraço para vocês.
Saudades
As notícias e a comédia
«(...) o noticiário está a matar a comédia. Repito, ou até radicalizo: o noticiário matou a comédia.»
Abel Barros Baptista
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Prevenção da violência e gestão de conflitos nas escolas
É título do Público de hoje, secção Portugal, Professores vão aprender a gerir conflitos.
Trata-se de um projecto de formação que envolverá 225 professores “para a prevenção da violência e gestão de conflitos nas escolas” e que é objecto de um protocolo entre o Ministério da Educação e a Universidade de Coimbra.
Muito em breve não procuraremos que os alunos aprendam alguma coisa, apenas que não andem ao murro ou ao pontapé uns aos outros (ou a nós).
Abençoada sociedade que estamos a alimentar.
Trata-se de um projecto de formação que envolverá 225 professores “para a prevenção da violência e gestão de conflitos nas escolas” e que é objecto de um protocolo entre o Ministério da Educação e a Universidade de Coimbra.
Muito em breve não procuraremos que os alunos aprendam alguma coisa, apenas que não andem ao murro ou ao pontapé uns aos outros (ou a nós).
Abençoada sociedade que estamos a alimentar.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Educação republicana
«(...) a educação é um produto directo das nossas convicções sociais. A cada novo ideal da humanidade corresponde um novo ponto de vista pedagógico.»
João de Barros, Educação republicana
Como não parece haver convicções, nem ideais (excepto o "cada um por si"), adivinhe-se o resto!
João de Barros, Educação republicana
Como não parece haver convicções, nem ideais (excepto o "cada um por si"), adivinhe-se o resto!
Portugal actual
«Se o Bordalo Pinheiro fosse vivo, neste momento, a fotografia que ele faria do país seria uma barraca de um bairro de lata com um submarino estacionado à porta.»
Entrevista de Frei Fernando Ventura à SIC Notícias sobre a situação do país. A não perder.
A República está aqui!
Entrevista de Frei Fernando Ventura à SIC Notícias sobre a situação do país. A não perder.
domingo, 3 de outubro de 2010
Dies Irae
«Apetece cantar, mas ninguém canta.
Apetece chorar, mas ninguém chora.
Um fantasma levanta
A mão do medo sobre a nossa hora.
Apetece gritar, mas ninguém grita.
apetece fugir, mas ninguém foge.
Um fantasma limita
Todo o futuro a este dia de hoje.
(...)»
Miguel Torga, Cântico do Homem
Esperança?
“(...) temo que cresça o fosso entre os decisores e os cidadãos em geral. (...) Estamos a cair num desinteresse e numa modorra que é relativamente difícil. E sobretudo temos de combater a falta de esperança. (...)
Estou preocupado com a necessidade de uma visão patriótica, moderna e de esperança, e que os sacrifícios que são precisos ser feitos sejam tão desiguais que só aumentem desconfiança, desconforto e distâncias face aos que têm capacidade para decidir.” Jorge Sampaio, entrevista à Lusa
Entre temores e preocupações, que esperança podemos ter, quando a confiança em quem decide está no grau zero?
Estou preocupado com a necessidade de uma visão patriótica, moderna e de esperança, e que os sacrifícios que são precisos ser feitos sejam tão desiguais que só aumentem desconfiança, desconforto e distâncias face aos que têm capacidade para decidir.” Jorge Sampaio, entrevista à Lusa
Entre temores e preocupações, que esperança podemos ter, quando a confiança em quem decide está no grau zero?
sábado, 2 de outubro de 2010
OMEGA electronic
«No tempo dos relógios de sol
sempre havia de vez em quando
manhãs de nevoeiro!»
Jorge Sousa Braga
sempre havia de vez em quando
manhãs de nevoeiro!»
Jorge Sousa Braga
Manhã de hoje
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Entre Setembro e Outubro
Em dias de muita República...
Setembro que sai
Outubro que entra
Setembro que sai
Outubro que entra
«Sete da manhã
O sol acorda
com olheiras enormes»
Jorge Sousa Braga
domingo, 26 de setembro de 2010
Pelo meio da República jacobina... um Stabat Mater
Estou embrenhado nos trabalhos sobre a República - escola é assim! - e a precisar de concentração que me ajude a estar num Domingo de sol que me entra pela janela... dentro de casa.
Esta música ajuda.
Ouvir um Stabat Mater ao escrever sobre o anti-clericalismo...
Intervalei para partilhar.
Esta música ajuda.
Ouvir um Stabat Mater ao escrever sobre o anti-clericalismo...
Intervalei para partilhar.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Pregar moral
«Há demasiada gente a ganhar fortunas num país onde a riqueza escasseia, é uma imensidão de recursos retirado da economia para enriquecimento de uns quantos e o mais caricato da situação reside no facto de serem estes os primeiros defensores de medidas de austeridade ou da vinda do FMI.»
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Seleccionar - Desseleccionar - É como o Carlos Queirós
Jornal de Notícias, 22 de Setembro de 2010
Duas escolas portuguesas seleccionadas para programa mundial da Microsoft
Dois estabelecimentos de ensino portugueses, em Lousada e nos Açores, foram seleccionados para integrar o Programa mundial das Escolas Inovadoras, promovido pela Microsoft, anunciou hoje, quarta-feira, a empresa.
Concluído o processo de avaliação das escolas que apresentaram candidatura, a Escola Básica do 2.º e 3º ciclos de Nevogilde, em Lousada, e a Secundária de Lagoa, nos Açores, foram seleccionadas para representar Portugal e fazer parte daquela rede mundial que reconhece e premeia a inovação.
O Programa Escolas Inovadoras insere-se no Parceiros na Educação, um programa da Microsoft presente em 114 países que tem por objectivo fundamental apoiar as políticas dos Governos no sentido de promover a utilização das tecnologias de informação e comunicação no ensino.
No ano passado foi pela primeira vez seleccionado um estabelecimento de ensino português, a Escola da Várzea, em Lamego.
(...)
"As novas tecnologias são um instrumento fundamental para a abertura das escolas ao mundo. A sua utilização na sala de aula, pelos professores e alunos, abre novas e inesgotáveis perspectivas para a aprendizagem", afirma o Ministério da Educação, numa nota enviada à Lusa, sublinhando que o Plano Tecnológico do sector permitiu disponibilizar às escolas recursos digitais que promovem "o acesso de todas as crianças e jovens à informação e ao conhecimento".
Público, 23 de Setembro de 2010
A escola de Lamego que, no ano passado, foi escolhida pela Microsoft para integrar a rede mundial de escolas inovadoras, fechou as portas. Os 32 alunos da EB1 de Várzea de Abrunhais - que dispunham de wireless e em cujas aulas os Magalhães trabalhavam conectados com o quadro interactivo - foram transferidos para um centro escolar onde não há telefone nem Internet.
Duas escolas portuguesas seleccionadas para programa mundial da Microsoft
Dois estabelecimentos de ensino portugueses, em Lousada e nos Açores, foram seleccionados para integrar o Programa mundial das Escolas Inovadoras, promovido pela Microsoft, anunciou hoje, quarta-feira, a empresa.
Concluído o processo de avaliação das escolas que apresentaram candidatura, a Escola Básica do 2.º e 3º ciclos de Nevogilde, em Lousada, e a Secundária de Lagoa, nos Açores, foram seleccionadas para representar Portugal e fazer parte daquela rede mundial que reconhece e premeia a inovação.
O Programa Escolas Inovadoras insere-se no Parceiros na Educação, um programa da Microsoft presente em 114 países que tem por objectivo fundamental apoiar as políticas dos Governos no sentido de promover a utilização das tecnologias de informação e comunicação no ensino.
No ano passado foi pela primeira vez seleccionado um estabelecimento de ensino português, a Escola da Várzea, em Lamego.
(...)
"As novas tecnologias são um instrumento fundamental para a abertura das escolas ao mundo. A sua utilização na sala de aula, pelos professores e alunos, abre novas e inesgotáveis perspectivas para a aprendizagem", afirma o Ministério da Educação, numa nota enviada à Lusa, sublinhando que o Plano Tecnológico do sector permitiu disponibilizar às escolas recursos digitais que promovem "o acesso de todas as crianças e jovens à informação e ao conhecimento".
Público, 23 de Setembro de 2010
A escola de Lamego que, no ano passado, foi escolhida pela Microsoft para integrar a rede mundial de escolas inovadoras, fechou as portas. Os 32 alunos da EB1 de Várzea de Abrunhais - que dispunham de wireless e em cujas aulas os Magalhães trabalhavam conectados com o quadro interactivo - foram transferidos para um centro escolar onde não há telefone nem Internet.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Sonhos (IV) - Elefantes numa caixa
Depois de ter escorregado, por um toldo, do 1.º andar de um restaurante com empregados brasileiro, voltei a entrar e a acabar o almoço, mesmo depois da minha família ter saído porque eu nunca mais acabava de comer.
Alguém mostrou uma pequena caixa de bolos (das de papel manteiga) à Ana e ela adorou fazer festas à tromba de um dos três pequenos elefantes que lá se encontrava dentro. A mãe elefante também lá estava!
Não sei como couberam!...
Alguém mostrou uma pequena caixa de bolos (das de papel manteiga) à Ana e ela adorou fazer festas à tromba de um dos três pequenos elefantes que lá se encontrava dentro. A mãe elefante também lá estava!
Não sei como couberam!...
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Frases
«Há coisas, pensou, frases analgésicas, consolos, lugares-comuns que se dizem nos filmes, e nos romances, e que servem também para a própria vida.»
Pérez-Reverte, O cemitério dos barcos sem nome
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Desiderata
Coincidências... ou algo mais.
No quarto do hotel, num quadro, à entrada, um texto, em inglês... Desiderata.
O texto/poema que serviu de mote e deu o título do CD ao Francisco.
A informação de que se trata de um documento encontrada na velha Igreja de St. Paul, em Baltimore, e que será datado de 1692.
Repito Natália Correia:
No quarto do hotel, num quadro, à entrada, um texto, em inglês... Desiderata.
O texto/poema que serviu de mote e deu o título do CD ao Francisco.
A informação de que se trata de um documento encontrada na velha Igreja de St. Paul, em Baltimore, e que será datado de 1692.
Repito Natália Correia:
Creio no incrível nas coisas assombrosas
na ocupação do mundo pelas rosas
creio que o amor tem asas de oiro amen
Foz
A Foz é uma das nações da Nação.
É uma das faces boas (critérios subjectivos!).
«Esta é a luz que gostaria de levar nos olhos quando morrer - a luz do mar da Foz, atravessada por duas ou três gaivotas.»
Eugénio de Andrade
É uma das faces boas (critérios subjectivos!).
«Esta é a luz que gostaria de levar nos olhos quando morrer - a luz do mar da Foz, atravessada por duas ou três gaivotas.»
Eugénio de Andrade
Porto
Depois de uma passagem breve pelo Porto, mais exactamente por Serralves, em Agosto, decidimos que tínhamos de voltar a esta cidade, um pouco estranha para nós - já lá não íamos há anos!
Reconheço que a frase "O Porto é uma Nação" é, em grande medida, verdadeira. Mas é uma nação com muitas nações. Há muitos Portos no Porto.
Zonas muito degradadas e zonas muito aprazíveis. Um Porto de "gente bem" de acesso fácil à cultura (no seu conceito mais clássico, mas moderno) e um Porto de "feios, porcos e maus". Património preservado e Património a apodrecer.
Muita falta de civismo, com o lixo a acumular-se nas ruas e nos jardins.
E os dois mundos parecem conviver.
Será que sim?
E é isso que fará o porto ser uma Nação?
Reconheço que a frase "O Porto é uma Nação" é, em grande medida, verdadeira. Mas é uma nação com muitas nações. Há muitos Portos no Porto.
Zonas muito degradadas e zonas muito aprazíveis. Um Porto de "gente bem" de acesso fácil à cultura (no seu conceito mais clássico, mas moderno) e um Porto de "feios, porcos e maus". Património preservado e Património a apodrecer.
Muita falta de civismo, com o lixo a acumular-se nas ruas e nos jardins.
E os dois mundos parecem conviver.
Será que sim?
E é isso que fará o porto ser uma Nação?
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Filhos e enteados
Via Público
Jardim quer mudar lei para não devolver três milhões
O Tribunal de Contas vai obrigar os grupos e representações parlamentares na Assembleia Legislativa da Madeira a devolverem 4,1 dos 5,3 milhões recebidos em 2007 para o apoio às actividades dos seus deputados.
Para contornar a questão e evitar a devolução de 3,1 milhões utilizados em fins diferentes dos legalmente previstos, o PSD prepara, no âmbito da revisão da lei de financiamento partidário em análise na Assembleia da República, uma norma que institua a retroactividade da atribuição da competência da fiscalização das contas dos partidos e das subvenções parlamentares a uma única entidade - o Tribunal Constitucional.
Embora esta última alteração seja consensual na Comissão de Assuntos Constitucionais, que ontem se reuniu em São Bento e chumbou a audição de várias entidades requeridas pelo PSD sobre a pretendida redução do financiamento partidário, o mesmo não deverá acontecer sobre a aplicação de efeitos retroactivos pelo grave precedente de conflitualidade com o Tribunal de Contas que há vários anos vem condenando os grupos parlamentares na Madeira a devolver verbas que, apesar de atribuídas pelo Estado exclusivamente para a actividade parlamentar, têm sido indevidamente desviadas para financiar dispendiosas campanhas eleitorais e até fins particulares de deputados.
Via http://tv1.rtp.pt/noticias/?headline=20&visual=9&tm=6&t=Rui-Pedro-Soares-e-Soares-Carneiro-receberam-18-milhoes-da-PT.rtp&article=375541
Economia
Rui Pedro Soares e Soares Carneiro receberam 1,8 milhões da PT
A Portugal Telecom pagou 1,8 milhões de euros aos Administradores, Soares Carneiro e Rui Pedro Soares que saíram da empresa. No relatório do primeiro semestre deste ano, a PT refere que se trata do pagamento das remunerações até ao fim dos mandatos aos Administradores executivos que cessaram funções em Março. A empresa diz ainda que a um dos Administradores foi pago também uma compensação pelo pacto de não concorrência ou seja para que não exerça as mesmas funções noutra empresa de telecomunicações. Soares Carneiro e Rui Pedro Soares eram os representantes do Estado na Administração da PT e anunciaram em Fevereiro deste ano a renúncia aos cargos na sequência das escutas no caso "Face Oculta".
2010-09-15 13:35:39
Via directa
No Agrupamento de Escolas a que pertenço
Uma professora do 1.º Ciclo que pede isenção da componente lectiva, devido ao facto de ter enfrentado problemas graves de saúde, fica como Coordenadora de Escola, Coordenadora de Ciclo - representante ao Conselho Pedagógico, integra a equipa de coordenação dos projectos de desenvolvimento educativo, a de articulação vertical de ciclos e a Comissão de Coordenação de Avaliação Docente (por ser a representante do Ciclo no Pedagógico) e é relatora na avaliação de 21 professores, porque é a única na escola dela a não ter actividades lectivas e, portanto, a ter tempo(?) para avaliar os colegas!!!!
Não recebe mais por isto. Nem uma horinha extraordinária.
"O trabalho dá saúde" ou, no mínimo, "O trabalho dignifica".
Nos campos nazis a tabuleta assinalava "Arbeit macht frei".
Pois! Filhos (da mãezinha) e enteados!!!
Jardim quer mudar lei para não devolver três milhões
O Tribunal de Contas vai obrigar os grupos e representações parlamentares na Assembleia Legislativa da Madeira a devolverem 4,1 dos 5,3 milhões recebidos em 2007 para o apoio às actividades dos seus deputados.
Para contornar a questão e evitar a devolução de 3,1 milhões utilizados em fins diferentes dos legalmente previstos, o PSD prepara, no âmbito da revisão da lei de financiamento partidário em análise na Assembleia da República, uma norma que institua a retroactividade da atribuição da competência da fiscalização das contas dos partidos e das subvenções parlamentares a uma única entidade - o Tribunal Constitucional.
Embora esta última alteração seja consensual na Comissão de Assuntos Constitucionais, que ontem se reuniu em São Bento e chumbou a audição de várias entidades requeridas pelo PSD sobre a pretendida redução do financiamento partidário, o mesmo não deverá acontecer sobre a aplicação de efeitos retroactivos pelo grave precedente de conflitualidade com o Tribunal de Contas que há vários anos vem condenando os grupos parlamentares na Madeira a devolver verbas que, apesar de atribuídas pelo Estado exclusivamente para a actividade parlamentar, têm sido indevidamente desviadas para financiar dispendiosas campanhas eleitorais e até fins particulares de deputados.
Via http://tv1.rtp.pt/noticias/?headline=20&visual=9&tm=6&t=Rui-Pedro-Soares-e-Soares-Carneiro-receberam-18-milhoes-da-PT.rtp&article=375541
Economia
Rui Pedro Soares e Soares Carneiro receberam 1,8 milhões da PT
A Portugal Telecom pagou 1,8 milhões de euros aos Administradores, Soares Carneiro e Rui Pedro Soares que saíram da empresa. No relatório do primeiro semestre deste ano, a PT refere que se trata do pagamento das remunerações até ao fim dos mandatos aos Administradores executivos que cessaram funções em Março. A empresa diz ainda que a um dos Administradores foi pago também uma compensação pelo pacto de não concorrência ou seja para que não exerça as mesmas funções noutra empresa de telecomunicações. Soares Carneiro e Rui Pedro Soares eram os representantes do Estado na Administração da PT e anunciaram em Fevereiro deste ano a renúncia aos cargos na sequência das escutas no caso "Face Oculta".
2010-09-15 13:35:39
Via directa
No Agrupamento de Escolas a que pertenço
Uma professora do 1.º Ciclo que pede isenção da componente lectiva, devido ao facto de ter enfrentado problemas graves de saúde, fica como Coordenadora de Escola, Coordenadora de Ciclo - representante ao Conselho Pedagógico, integra a equipa de coordenação dos projectos de desenvolvimento educativo, a de articulação vertical de ciclos e a Comissão de Coordenação de Avaliação Docente (por ser a representante do Ciclo no Pedagógico) e é relatora na avaliação de 21 professores, porque é a única na escola dela a não ter actividades lectivas e, portanto, a ter tempo(?) para avaliar os colegas!!!!
Não recebe mais por isto. Nem uma horinha extraordinária.
"O trabalho dá saúde" ou, no mínimo, "O trabalho dignifica".
Nos campos nazis a tabuleta assinalava "Arbeit macht frei".
Pois! Filhos (da mãezinha) e enteados!!!
A propósito do discurso da Ministra
«Compreendo que a Ministra tenha a sua personalidade, aliás aparentemente muito simpática, e que o discurso tenha de ser adaptado à audiência, tendo em consideração a idade dos alunos. Mas não consigo compreender que uma Ministra não consiga (ou não queira) transmitir aos alunos uma ideia mais complexa, uma ideia mais consistente, que os faça ter consciência de que quem lhes está a falar é uma estadista, responsável pela educação em Portugal, e não a sua mãezinha. Ainda esperei até ao fim da mensagem e quase que fui obrigado a engolir este pensamento. Já a terminar, parecia que vinha ali qualquer coisa como “o futuro do nosso País depende do vosso estudo, do vosso empenho, do vosso trabalho”, o que já seria qualquer coisa. Mas não, a Ministra ficou-se pelo orgulho, pela “necessidade absoluta do País se orgulhar dos seus alunos”. Fraquinho, fraquinho. Quando comparo o que ouvi hoje com a mensagem de Obama aos alunos americanos no início do passado ano lectivo! Portugal tem problemas estruturais graves. Somos muitas vezes obrigados a baixar o horizonte do nosso destino. Mas nem a porcaria de um discurso minimamente decente e elevado somos capazes de fazer? »
Nuno Lobo, http://cachimbodemagritte.blogspot.com/2010/09/sempre-nivelar-por-baixo-na-educacao.html
Nuno Lobo, http://cachimbodemagritte.blogspot.com/2010/09/sempre-nivelar-por-baixo-na-educacao.html
Richard Wright
Uma coincidência de datas, de mortes e de música (antigamente havia uma organização chamada Setembro Negro...).
Há dois anos morreu Richard Wright, o teclista dos Pink Floyd - outro nome fundamental para o meu gosto musical.
É dele (Wright) o The Great Gig in the Sky
E é a música que nos salva da loucura.
Há dois anos morreu Richard Wright, o teclista dos Pink Floyd - outro nome fundamental para o meu gosto musical.
É dele (Wright) o The Great Gig in the Sky
E é a música que nos salva da loucura.
Morreu o Francisco
Morreu Francisco Ribeiro, mais conhecido publicamente por ter sido um dos fundadores dos Madredeus.
Antes de ser Francisco Ribeiro, era o Francisco, irmão da Cristina, minha colega de liceu e de faculdade. Quando lhe ocupávamos a sala para os trabalhos de grupo e prolongávamos os horários pela noite dentro, ouvíamos os ensaios do Francisco, o ainda miúdo – há idades em que os anos fazem diferença – o “arranhar” do violoncelo que lhe seria companhia para a vida. Ainda assistimos, neste privado, à apresentação de algumas composições, à satisfação que lhe enchia o olhar.
Mais tarde, a (meia-)surpresa: o Francisco era o violoncelista dos Madredeus, o grupo que despontava em finais de 80, com as voltas da maralha “à volta de uma coisa velha”.
Nos poucos reencontros com a Cristina, vinha sempre a vaidade pelo mano Francisco, pelo que ele era e pelo que fazia.
Há precisamente um ano – Setembro de 2009 – gravava Desiderata A Junção do Bem.
Agora, a surpresa pelo choque da notícia.
Não posso dizer que o tenha conhecido, mas ficam-me estas recordações e a saudade, uma saudade de que os Madredeus e o Francisco tantas vezes falavam.
«A saudade é como a sombra do homem, sombra que jamais o deixa, porque o sol que ela intercepta é o Espírito e não há horizonte que o oculte.» (Leonardo Coimbra, na sinopse de Desiderata A Junção do Bem)
Antes de ser Francisco Ribeiro, era o Francisco, irmão da Cristina, minha colega de liceu e de faculdade. Quando lhe ocupávamos a sala para os trabalhos de grupo e prolongávamos os horários pela noite dentro, ouvíamos os ensaios do Francisco, o ainda miúdo – há idades em que os anos fazem diferença – o “arranhar” do violoncelo que lhe seria companhia para a vida. Ainda assistimos, neste privado, à apresentação de algumas composições, à satisfação que lhe enchia o olhar.
Mais tarde, a (meia-)surpresa: o Francisco era o violoncelista dos Madredeus, o grupo que despontava em finais de 80, com as voltas da maralha “à volta de uma coisa velha”.
Nos poucos reencontros com a Cristina, vinha sempre a vaidade pelo mano Francisco, pelo que ele era e pelo que fazia.
Há precisamente um ano – Setembro de 2009 – gravava Desiderata A Junção do Bem.
Agora, a surpresa pelo choque da notícia.
Não posso dizer que o tenha conhecido, mas ficam-me estas recordações e a saudade, uma saudade de que os Madredeus e o Francisco tantas vezes falavam.
«A saudade é como a sombra do homem, sombra que jamais o deixa, porque o sol que ela intercepta é o Espírito e não há horizonte que o oculte.» (Leonardo Coimbra, na sinopse de Desiderata A Junção do Bem)
Ascensão - com os Sétima Legião e Teresa Salgueiro - A força da voz
O Pastor - Madredeus - A força do violoncelo
Em ambos, a Alma na Música.
«Vai placidamente no meio do barulho e da confusão, lembrando-te de quanta paz existe no silêncio.»
Max Ehrmann, Desiderata (poema que serviu de mote para o disco)
Max Ehrmann, Desiderata (poema que serviu de mote para o disco)
terça-feira, 14 de setembro de 2010
A organização das escolas/Agrupamentos entrou numa espiral (num vórtice) que nos levará, mais dia menos dia, pelo ralo abaixo.
Em cada reunião do Conselho Pedagógico abre-se mais um tesourinho deprimente.
Será um problema nosso (elementos do CP), que, pelo elevado grau de estupidez, não sabemos como lidar com as orientações/exigências do Ministério?
Parece-me mais um problema da política do Ministério, apostado em que os Agrupamentos se consigam gerir, de acordo com as suas regras centralistas, o seu espírito de poupança de pequeno comerciante (vulgo merceeiro) e a sua ideia de espremer os professores até ao limite (físico e anímico).
Isto não tem nada a ver com alunos.
Aliás, a educação, neste momento, não tem nada a ver com os alunos.
Em cada reunião do Conselho Pedagógico abre-se mais um tesourinho deprimente.
Será um problema nosso (elementos do CP), que, pelo elevado grau de estupidez, não sabemos como lidar com as orientações/exigências do Ministério?
Parece-me mais um problema da política do Ministério, apostado em que os Agrupamentos se consigam gerir, de acordo com as suas regras centralistas, o seu espírito de poupança de pequeno comerciante (vulgo merceeiro) e a sua ideia de espremer os professores até ao limite (físico e anímico).
Isto não tem nada a ver com alunos.
Aliás, a educação, neste momento, não tem nada a ver com os alunos.
Como dizia o Jorge: "Discurso para totós"
Por que razão, no Youtube, não serão permitidos comentários ao vídeo?
domingo, 12 de setembro de 2010
Ponto por ponto
A acabar de pôr este reencontro em dia...
No Centro Cultural de Cascais esteve em exibição até hoje "Ponto por Ponto" - Tapeçarias de Portalegre.
As Tapeçarias de Portalegre são uma história relativamente recente (nasceram em 1947), mas com um rápido reconhecimento que se estendeu além-fronteiras.
No Centro Cultural de Cascais esteve em exibição até hoje "Ponto por Ponto" - Tapeçarias de Portalegre.
As Tapeçarias de Portalegre são uma história relativamente recente (nasceram em 1947), mas com um rápido reconhecimento que se estendeu além-fronteiras.
Tendo como ponto de partida obras de arte - cartões - dos mais conceituados pintores, as características muito próprias destas tapeçarias, de ponto muito apertado, impuseram-nas como obras de arte, "a mais bela homenagem à rainha de todas as fibras - a lã.", nas palavras de Guy Fino, um dos fundadores.
Ainda na década de 80, tive oportunidade de visitar o antigo edifício no centro de Portalegre onde eram manufacturadas estas tapeçarias, tecidas de baixo para cima e que crescem ao ritmo de 3 cm por dia.
É um trabalho impressionante, então realizado em condições que não seriam as melhores, num velho prédio com estruturas em madeira, cujo chão tremia sob os nossos passos.
Pormenor da tapeçaria feita a partir da obra de Cruzeiro Seixas, Finalidade sem fim
Cascais - não passar sem um gelado
Setembro... fim-de-semana... bora lá ao circuito cascalense!
E um geladito a meio da manhã já quente.
E um geladito só pode ser...
Santini.
Mais publicidade para quê? E esta é gratuita, porque os gelados são mesmo óptimos!
E um geladito a meio da manhã já quente.
E um geladito só pode ser...
Santini.
Mais publicidade para quê? E esta é gratuita, porque os gelados são mesmo óptimos!
11 de Setembro - chove em Santiago
11 de Setembro - um dia com muitas leituras da história.
É só escolhermos o acontecimento.
É só escolhermos o acontecimento.
Chile - 11 de Setembro de 1973
Golpe de Estado levado a cabo pelas forças mais reaccionárias do Chile, sob a direcção da Junta Militar do general Augusto Pinochet, e com o apoio do governo norte-americano de Nixon e Kissinger
Amanhecer
O dia 11 amanheceu assim...
Não faltava muito para a chegada dos cruzeiros...
Não faltava muito para a chegada dos cruzeiros...
Gostava de experimentar a sensação de entrar assim no Tejo, num cruzeiro, como se fosse a primeira vez que visse a cidade. Ser turista na minha terra.
Com que olhares, com que sensações, será assim vista Lisboa pela primeira vez?
Marés vivas - maré alta, maré baixa
Ccom a proximidade do equinócio e a lua nova, as marés vivas ameaçam.
A amplitude das marés é maior.
E com as marés tão baixas, andou tudo aos bivalves.
A amplitude das marés é maior.
E com as marés tão baixas, andou tudo aos bivalves.
Seixal, 10 de Setembro
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Crónica do dia
Pardal do Tejo
Na zona de embarque, na partida para a aldeia onde trabalho.
Praia da Parede ao fim da tarde.
A luz de Setembro in loco, em vez da minha janela.
Sem Carlos Queiroz, Carlos Cruz, processos da Casa Pia, Selecção Nacional, SCUTs, encerramentos de escolas, visitas do 1.º Ministro, aumento do défice, náuseas...
Na zona de embarque, na partida para a aldeia onde trabalho.
Praia da Parede ao fim da tarde.
A luz de Setembro in loco, em vez da minha janela.
Sem Carlos Queiroz, Carlos Cruz, processos da Casa Pia, Selecção Nacional, SCUTs, encerramentos de escolas, visitas do 1.º Ministro, aumento do défice, náuseas...
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Mega-agrupamentos ou anti-poesia
“(...) nesta questão da reorganização dos agrupamentos escolares o que conta é a "capacidade de armazenamento" e não as condições de ensino e de aprendizagem.”
Helena Damião, http://dererummundi.blogspot.com/
Anti Caeiro
O Tejo é o rio que corre pela minha aldeia.
Hoje fui à minha aldeia, com tempo para poder apreciar o rio.
O rio, dizem que é Judeu. Mas são as águas do Tejo que o enchem.
Hoje fui à minha aldeia, com tempo para poder apreciar o rio.
O rio, dizem que é Judeu. Mas são as águas do Tejo que o enchem.
Rio
Olhar o rio feito de tempo e água
E recordar que o tempo é outro rio,
Saber que nos perdemos como o rio
E que os rostos passam como a água.
Jorge Luís Borges, Obra Poética
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Outros pequenos prazeres
«Estamos burgueses.
Em Cascais... A comer do bem bom...
A andar sem muletas...»
Ana
Caminhávamos não sei por que ruas, depois de termos saído do Il Siciliano.
A pizza vegetariana (que inclui alcachofra) é uma delícia. Repetimo-la sempre.
A sangria também não é má, como se pode ver pelo texto acima...
Em Cascais... A comer do bem bom...
A andar sem muletas...»
Ana
Caminhávamos não sei por que ruas, depois de termos saído do Il Siciliano.
A pizza vegetariana (que inclui alcachofra) é uma delícia. Repetimo-la sempre.
A sangria também não é má, como se pode ver pelo texto acima...
Aniversário
Mãe:
Que visita tão pura me fizeste
Neste dia!
Era a tua memória que sorria
Sobre o meu berço.
Nu e pequeno como me deixaste,
Ia chorar de medo e de abandono.
Então vieste, e outra vez cantaste,
Até que veio o sono.
Miguel Torga, Diário IV
Que visita tão pura me fizeste
Neste dia!
Era a tua memória que sorria
Sobre o meu berço.
Nu e pequeno como me deixaste,
Ia chorar de medo e de abandono.
Então vieste, e outra vez cantaste,
Até que veio o sono.
Miguel Torga, Diário IV
domingo, 5 de setembro de 2010
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Sonho (III) - Verdes são os campos
A Almerinda veio entusiasmada chamar-me a atenção para um vasto campo que os alunos tinham lavrado ao comprido - o campo estava verde e bonito.
Um rapaz espalhava milho miúdo aos montes e os pardais vinham comer.
O que faz regressar à escola!...
Não encontrei campo como o do sonho
Um rapaz espalhava milho miúdo aos montes e os pardais vinham comer.
O que faz regressar à escola!...
Não encontrei campo como o do sonho
Subscrever:
Mensagens (Atom)