Achei piada a este cartoon, a propósito do Natal dos dias de hoje.
E a propósito deste cartoon, lembrei-me do poema Dia de Natal, de António Gedeão.
Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal,
de vidro e de cerâmica.
(...)
A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra - louvado seja o Senhor! - o que nunca
tinha pensado comprar.
(excerto)
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