"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

domingo, 17 de dezembro de 2023

Cerejas da Patagónia... para matar saudades

 

No tempo em que Fernão de Magalhães passou pela Patagónia ainda lá não haveria cerejeiras. E Magalhães também se limitou ao litoral, que os barcos não têm pés nem rodas...
Não deu nome às cerejas, deu nome aos patagões e, daí, a Patagónia, terra dos patagões ou patagons!

O início da produção da cereja em larga escala, na Patagónia, data da década de 1970, na região de Los Antiguos, zona da província de Santa Cruz, muito próxima da fronteira com o Chile, junto a um lago partilhado pelos dois países. Esse lago, para os argentinos, tem o nome de Buenos Aires, para os chilenos o nome é General Carrera.


A cidade de Los Antiguos é o berço da Festa Nacional da Cereja.




São as condições climáticas particulares da Patagónia que determinam os atributos da cereja produzida nesta região: brotação tardia, período de divisão celular muito longo, crescimento muito lento no início e iluminação por muitas horas, parece ser a combinação mágica.
Os dias longos, com cerca de 16 horas de luz solar, dão um contributo para a sua doçura e para o nome por que estas cerejas, as mais meridionais do mundo, são conhecidas: frutos de la luz


Chile e Argentina exportam grande parte da produção.

O meu humilde pratinho de cerezas patagónicas, dizem que argentinas (carinhas, porque devem estar a contribuir para a recuperação económica do país das pampas!), serviu para fazer o gosto à boca.
São Eram saborosas! 

Sem comentários:

Enviar um comentário