"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Menino Deus

«Estamos no Menino de Deus. Este lugarzinho, com suas redondezas, teve desde o seu princípio, e recuado é ele, o destino de ficar agachado, pelo nascente, à cinta do Castelo de Lisboa.»

Alçado principal da Igreja do Menino Deus (desenho do princípio do século XX)


«Eis a Igreja do “Menino Deus” – em rigor assim se devia dizer – considerada monumento nacional, e que é sem dúvida um dos melhores espécimes da arquitectura italiana de setecentos.»
Norberto de Araújo, Peregrinações em Lisboa


Capela-mor


Capelas laterais

Tecto da igreja

Altar-mor

Capitel

Tela de Vieira Lusitano, na capela-mor

Tela de Francesco Pavona, na capela-mor
Igreja que passa despercebida, pela sua localização e por estar grande parte do tempo encerrada, é muito rica na sua decoração, nomeadamente pelos mármores utilizados, pela talha e pelas pinturas de destacados artistas nacionais, nomeadamente o seu tecto.
É um verdadeiro tesouro escondido (e a precisar de obras urgentes na cobertura da sacristia)!

Foi mandada construir por D. João V, que lançou a primeira pedra em 1711, meses antes do nascimento do seu primeiro filho, a princesa Maria Bárbara.
O seu nome terá origem numa escultura do Menino Jesus que foi oferecida pela abadessa do Mosteiro da Madre de Deus.
A igreja foi consagrada em 1737, mas ainda não estaria completamente pronta. 

É Monumento Nacional desde 1918, tempo da 1.ª República, que, se lhe reconheceu valor patrimonial, também a deixou ao abandono.

No fb existe uma conta dos amigos da Igreja Menino Deus Lisboa.


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