"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)
segunda-feira, 31 de dezembro de 2018
quarta-feira, 26 de dezembro de 2018
Há muitos anos a meter água
DN de hoje |
É uma larga experiência!
O processo de concurso público para aquisição dos dois submarinos iniciou-se em 2004, no tempo do Governo presidido por Durão Barroso e de que Paulo Portas era Ministro da Defesa.
O plano de compra vinha, se as fontes estão certas, de 1998, do tempo do Governo de António Guterres.
Eu até vi chegar o primeiro destes submarinos!
Lamentável
«O Governo lamenta o facto de os educadores e os professores dos ensinos básico e secundário não poderem ver contabilizados já a partir de 01 de janeiro de 2019 os dois anos, nove meses e 18 dias", previstos no decreto-lei hoje vetado pelo Presidente da República, lê-se num comunicado do gabinete do primeiro-ministro, António Costa.»
(TSF)
Eu lamento a falta de vergonha dos aldrabões que assim mentem.
Lamento a hipocrisia! Dá vontade de dizer "Vão ...!"
Ao menos, não mintam! Sejam sérios - assumam que as prioridades políticas são outras e basta! Fiquem por aí. Escusam de vir com lamentações e discursos da treta!
Lamento a hipocrisia! Dá vontade de dizer "Vão ...!"
Ao menos, não mintam! Sejam sérios - assumam que as prioridades políticas são outras e basta! Fiquem por aí. Escusam de vir com lamentações e discursos da treta!
O diploma governamental que o Presidente vetou não permite, pela sua formulação, a contabilização de qualquer tempo à grande maioria dos educadores e professores... antes de 2021.
Se este decreto-lei entrar em vigor, serei um daqueles que nunca chegará a beneficiar de um dia que seja!
Por mim, não se incomodem!
Por mim, não se incomodem!
Perante estas aldrabices e outras do mesmo género, estranhem os populismos e os movimentos de protesto daí decorrentes.
domingo, 23 de dezembro de 2018
Ring out solstice bells
Now is the solstice of the year,
winter is the glad song that you hear.
Seven maids move in seven time.
Have the lads up ready in a line.
Ring out these bells.
Ring out, ring solstice bells.
Ring solstice bells.
Join together beneath the mistletoe.
by the holy oak whereon it grows.
Seven druids dance in seven time.
Sing the song the bells call, loudly chiming.
Ring out these bells.
Ring out, ring solstice bells.
Ring solstice bells.
Ring out, ring solstice bells.
Ring out, ring solstice bells.
Praise be to the distant sister sun,
joyful as the silver planets run.
Seven maids move in seven time.
Sing the song the bells call, loudly chiming.
Ring out those bells.
Ring out, ring solstice bells.
Ring solstice bells.
Ring on, ring out.
Ring on, ring out.
Ring on, ring out.
Ring on, ring out.
Ring on, ring out.
sábado, 22 de dezembro de 2018
Literatura pesada
«Estamos em férias de Natal; é esta a época das festas de família, do plum-pudding, e duma praga de versos, de publicações, de baladas, de contos alegóricos, de cromo-litografias celebrando o velho ano, o bom Christmas, o ano novo e as doçuras do lar! O Natal dá lugar a uma singular experiência de literatura, que é para as letras o que o plum-pudding é para as confeitarias - um produto pesado e indigesto que todo o mundo gosta de ver sobre a mesa e em que ninguém toca, e que a gente grande estima pela alegria que dá às crianças. É sobretudo para as crianças que são escritas estas poesias piegas, e estas histórias de fantasmas, desenhadas estas vistas convencionais da neve e estas figuras grotescas da caridade. Os jornais, ou revistas, todas as publicações, põem de parte o bom senso, ciência ou arte, e dedicam um número a estas crianças, que se chama "o número de Natal", o que pela venda prodigiosa que tem, constitui um dos rendimentos das publicações inglesas. Os teatros fazem o mesmo: e todos sem excepção, representam nesta época a "pantomina", espécie de mágica desordenada, cheia de transformações, de bailados, e de glorias, onde aparecem simultaneamente actores, palhaços, cães sábios, virtuoses ilustres, feras, dançarinas célebres, habitantes de países exóticos (lapónios ou patagónios), macacos, esquadrões de cavalaria, e cascatas naturais! Estas representações duram três meses, e toda a família verdadeiramente inglesa e que respeita as tradições, vai ver a "pantomina" pelo menos três vezes, com todas as crianças e todos os criados: uma solenidade doméstica.»
Eça de Queirós, Cartas de Londres
Problemas de fraqueza
«Jogadores com excesso de peso, que não treinam de forma adequada… alguns deles são uma vergonha», começou por dizer o antigo médio do United à Radio BBC.
«Não sou o maior fã de Mourinho, mas não posso tolerar jogadores que se escondem atrás de empresários, dos amigos jornalistas – são uma piada», acrescentou, antes de atirar: «Os jogadores "mataram" Mourinho e escaparam. Esconderam-se atrás do treinador e atiraram-no para a frente do autocarro.»
E prosseguiu: «Eu era um jogador da escola antiga, que era uma boa escola. Esta ideia de que os jogadores estão chateados… não acontece apenas no United, é um problema do jogador moderno. Não são apenas jogadores fracos, são também seres humanos fracos. Não se pode dizer-lhes nada.»
«Os jogadores são rápidos a esconder-se atrás da comunicação social, dos seus carros, do cão da namorada, de tudo… Eu tive sorte pelo balneário que integrei. Havia bons homens, bons líderes e pessoas de carácter, mas isso é raro de encontrar no futebol nos dias que correm. Nada disto teria acontecido no nosso balneário. Nada disto seria tolerado», rematou [Roy Keane].
«Não sou o maior fã de Mourinho, mas não posso tolerar jogadores que se escondem atrás de empresários, dos amigos jornalistas – são uma piada», acrescentou, antes de atirar: «Os jogadores "mataram" Mourinho e escaparam. Esconderam-se atrás do treinador e atiraram-no para a frente do autocarro.»
E prosseguiu: «Eu era um jogador da escola antiga, que era uma boa escola. Esta ideia de que os jogadores estão chateados… não acontece apenas no United, é um problema do jogador moderno. Não são apenas jogadores fracos, são também seres humanos fracos. Não se pode dizer-lhes nada.»
«Os jogadores são rápidos a esconder-se atrás da comunicação social, dos seus carros, do cão da namorada, de tudo… Eu tive sorte pelo balneário que integrei. Havia bons homens, bons líderes e pessoas de carácter, mas isso é raro de encontrar no futebol nos dias que correm. Nada disto teria acontecido no nosso balneário. Nada disto seria tolerado», rematou [Roy Keane].
É um problema dos jogadores e dos jovens modernos, para quem estes jogadores são, frequentemente, ídolos.
Meninos mimados!
«Os nossos filhos, hoje em dia, são crianças mimadas. Acho que os miúdos hoje em dia têm uma vida social diferente da nossa e os jogadores têm ao seu redor uma "entourage" pessoal, de pessoas que os rodeiam, que os protegem demasiado, lhes dão mais carinho e mais desculpas. Os jogadores atingem a maturidade mais lentamente.»
José Mourinho
sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
Pais Natal vs Coletes
Manifestação de Pais Natal, nesta época do ano, teria tido mais sucesso.
Porto, 21 de Dezembro de 2009 |
Desilusão!
Desilusão!
Para os organizadores das manifestações, por motivos óbvios.
Para os jornalistas que cobriram as manifestações... e que deviam ser mais do que os manifestantes.
Bem que puxaram por eles, para ver se "havia sangue"...
Para os chineses... que não conseguiram despachar os coletes amarelos que têm em stock!
Para os organizadores das manifestações, por motivos óbvios.
Para os jornalistas que cobriram as manifestações... e que deviam ser mais do que os manifestantes.
Bem que puxaram por eles, para ver se "havia sangue"...
Para os chineses... que não conseguiram despachar os coletes amarelos que têm em stock!
Um dia serei admirado e reconhecido pela minha arte
O DN recordou que a pintura Nu deitado (reclinado sobre o lado esquerdo), de Amadeo Modigliani, foi a obra de arte mais cara transaccionada em 2018 - 138,3 milhões de euros.
O quadro foi capa da exposição do Tate Modern com 12 nus do artista (Novembro de 2017 - Abril de 2018). A exposição assinalava os 100 anos da primeira e única exposição a solo de Modigliani, durante a sua vida.
A exposição de 1917, na conceituada galeria de Berthe Weill, galerista e marchande, onde Picasso e Matisse venderam os seus primeiros quadros em Paris, durou... um dia.
Na montra foram expostos dois nus. Em nome dos bons costumes, a polícia foi chamada a intervir.
«Modernismos, vanguardismos e descaramentos sim, mas que se contivessem às enxergas onde dormiam os seus autores! (...) As pessoas de bem que frequentassem nesse dia da exposição, a Rue Victor Massé não tinham de ver tanta imoralidade e indecência. Assim, os bons costumes foram consignados. A polícia mandou retirar os quadros da montra e encerrar as portas da galeria.»
A exposição poderia ter sido o começo da sua consagração como artista.
«Mas não foi. Foi, sim, o comprovativo da minha consagração como bêbado e devasso impossível de ser satisfeito.»
É a triste ironia vivida por muitos artistas: pouco sucesso durante a sua (curta) vida (Modigliani morreu aos 35 anos), mas... muito sucesso para quem agora negoceia as suas obras.
Já em 2015, Nu deitado, do mesmo pintor, tinha-se transformado na segunda obra mais cara de sempre vendida em leilão - mais de 158 milhões de euros (só superado por um quadro do seu contemporâneo e conhecido - não amigo! - Picasso).
domingo, 9 de dezembro de 2018
sábado, 8 de dezembro de 2018
Tudo no mundo é frágil, tudo passa...
Fanatismo
Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão de meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!
Tudo no mundo é frágil, tudo passa...
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
E, olhos postos em ti, vivo de rastros:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!..."
Florbela Espanca, Livro de Soror Saudade
Florbela Espanca
8 de Dezembro, data do seu nascimento e da sua morte
Não tenhas medo, não! Tranquilamente,
Como adormece a noite pelo outono,
Fecha os olhos, simples, docemente,
Como à tarde uma pomba que tem sono…
terça-feira, 4 de dezembro de 2018
Nadir Afonso
domingo, 2 de dezembro de 2018
Todos ao molho (no sentimento de revolta)
Paris, 1.º de Dezembro
Uma simples manifestação contra a política governativa?
Uma simples manifestação contra a política governativa?
Não parece!
Mas os governos (que deviam ser) democráticos, enquanto se submeterem aos interesses do capital, põem-se a jeito de todos os populismos e das manifestações de revolta mais violentas em que tudo se mistura.
E as pessoas são tão manipuláveis...
Uns vão bem e outros mal
Pensava que estavam indexados aos índices de produtividade, como esses senhores defendem que devem estar os salários dos trabalhadores.
Recordo o ministro Pedro Mota Soares (2014, Governo de Passos Coelho) e os seus justos critérios...
sábado, 1 de dezembro de 2018
Portugal e Islândia: a mesma luta
A 1 de Dezembro de 1918, por acordo firmado com a Dinamarca (país de que fazia parte integrante), a Islândia foi reconhecida como um Estado soberano. Foi o chamado Acto de União - nome que se justifica pelo facto do rei da Dinamarca continuar a ser o da Islândia.
A total independência, com um sistema republicano, seria conseguida em 1944, como resultado de um referendo interno, depois de um período atribulado vivido em consequência da II Guerra Mundial.
União Ibérica é o nome dado à nossa submissão aos Habsburgos, terminada a 1 de Dezembro de 1640.
Portugal e Islândia, reinos constituintes de monarquias duais, mas que conquistariam (ou reconquistariam) a sua independência.
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