O relatório
de uma investigação militar, apresentado no final de Abril pelo Pentágono,
concluía que o bombardeamento de um hospital no Afeganistão onde operavam os
Médicos Sem Fronteiras (Outubro de 2015, dezenas de mortos) não foi um crime de
guerra, mas “uma sucessão de erros”. Segundo as conclusões das investigações,
o incidente foi causado por “erros
humanos não intencionais, erros de procedimento e falhas de equipamentos“.
O relatório acrescenta a fadiga e “um
elevado ritmo de operações” como outros fatores explicativos.
Pela
mesma altura em que era publicado o relatório, bombardeamentos aéreos, possivelmente
russos ou do regime sírio (subsiste algum regime?), mataram dezenas de pessoas
num hospital de Aleppo (Síria) que recebe (ou recebia) assistência dos Médicos
Sem Fronteiras. Terá sido outro erro…
Já não
chegam os dedos de uma mão para contar estes erros contra hospitais, para não
falar de outros alvos civis, danos colaterais de uma guerra a que as principais
potências, por estratégias difíceis de entender, não têm vontade de pôr fim.
Vi imagens... Vamos
girando para um vórtice de destruição.
Se fosse aqui perto, todos seríamos Charlie, todos seríamos franceses ou belgas. Lá longe não estranhamos nada.
Este
mundo está cada vez mais difícil (até de entender)!...
Tenho-me persuadido,
por razão conveniente,
que não posso ser contente,
pois que pude ser nascido.
(...)
Camões
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