«Ele
vislumbrou uma nova relação com o real, feita já não de oposições e distâncias,
como se a vida não fosse um mistério único, mas sublinhando corajosamente os
traços de união, os hífenes inesperados,
as continuidades. E assim nos mostra que não há pequeno ou grande, não há
cósmico nem quotidiano, não há interno ou exterior: por todo o lado e em todas
as coisas está, pelo contrário, latente a mesma espantosa proposta que a vida
em si mesma é.»
Texto (de despedida) da autoria de José Tolentino de Mendonça, sobre Alberto Vaz da Silva, hoje falecido.
Advogado, dedicado à grafologia, muito ligado ao círculo dos chamados católicos progressistas, aqueles que a partir da década de 1950 e até ao 25 de Abril, com destaque para o período do marcelismo, dinamizaram o Centro Nacional de Cultura, de que a sua esposa, Helena Vaz da Silva, foi presidente de 1979 a 2002, data da sua morte.
É uma geração que vai desaparecendo.
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