"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)
segunda-feira, 29 de junho de 2015
Por isso é que a Troika gosta de nós
Afirma a auditoria do Tribunal de Contas que:
- O governo não tomou medidas legislativas para acautelar o interesse nacional e o interesse estratégico do Estado português no quadro das privatizações da EDP e da REN. A lei que devia proteger os activos estratégicos foi aprovada... três anos depois.
- O assessor financeiro contratado [a Perella, constituída por ex-quadros de topo da Morgan Stanley, do Goldman Sachs e do Merril Lynch] não fazia parte da lista das entidades pré-qualificadas.
[mas o ministério das Finanças, ainda de Vítor Gaspar, tratou do ajuste directo, sendo o rosto da Perella um ex-aluno e amigo de António Borges]
- A mesma entidade que trabalhou com o Estado na avaliação da EDP... trabalhou como assessora dos investidores privados que ganharam as privatizações.
- Se o preço obtido foi superior ao do mercado, o Estado perdeu dividendos futuros por venda de activos subavaliados.
- A "postura do Estado português revela-se menos adequada, quando comparada com a de alguns países europeus que protegem claramente os seus activos estratégicos".
Cumpriram-se as etapas do programa, a troika saiu satisfeita.
«Como se vê, Portugal não é bom aluno nenhum. É o péssimo aluno, o aluno cábula, o aluno marrão, mas burro; (...) o aluno sem alma, nem ambição, graxista e lambe-botas.»
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