"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

segunda-feira, 2 de junho de 2014

É melhor fazer um desenho para lhes explicares


“É matar a Ciência” que se faz em Portugal limitar a investigação “a áreas de interesse prioritário” ou a resultados com aplicação imediata, alertou esta tarde a cientista Maria Manuel Mota, que recebeu o Prémio Pessoa pelo seu trabalho no combate à malária. 
A investigadora de 43 anos defendeu, durante a cerimónia na Culturgest em Lisboa, que a generalização deste tipo de restrições na Ciência acabará por “asfixiar a criatividade” e “estrangular o génio” , lembrando que muitos avanços científicos foram e são resultado do acaso. 
A directora executiva do Instituto de Medicina Molecular criticou hoje também as modas em Ciência, que privilegiam determinadas áreas de investigação. “Quando me interessei pela malária, no meu doutoramento, ninguém lhe dava muito valor. Era considerada uma área marginal”, recordou Maria Manuel Mota, lembrando que hoje o controlo deste parasita é uma preocupação mundial. 
Sol
Foi a sua investigação de 12 anos sobre a forma como o parasita se desenvolve, depois de infectar o homem, que lhe valeu o prémio Pessoa, atribuído numa iniciativa conjunta do Expresso e da CGD.

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